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Aumentam denúncias de fraudes na eleição presidencial de São Tome e Príncipe


Eleições em São Tomé e Príncipe
Eleições em São Tomé e Príncipe

Observatório Transparência e partidos dizem ter havido mais votos válidos dos que os atribuídos aos candidatos e pedem um posicionamento da CEN

Três dias depois da primeira volta da eleição presidencial continuam a surgir suspeitas e denúncias de fraude.

Nesta quarta-feira, 21, o Observatório Transparência STP, uma organização da sociedade civil constituida há um ano, diz existir uma diferença de 4.497 votos entre o total dos votos válidos e o total dos votos atribuídos aos 19 candidatos e pede esclarecimento à Comissão Nacional Eleitoral (CEN).

Aquela organização revelou que dos 81.123 votos válidos depositados nas urnas, apenas 76.626 foram distribuídos pelas candidaturas.

“Este lapso é colossal e nós exigimos que a Comissão Eleitoral Nacional se reporte e venha explicar ao povo esta diferença de cerca de 4.500 votos, entre os votos que foram anunciados e os votos que estão publicados”, disse a porta-voz do Observatório Transparência STP, Ana Maria Costa, exige esclarecimentos da Comissão Eleitoral Nacional.

Por seu lado, a candidatura de Carlos Vila Nova, apoiado pela ADI, na oposição, e primeiro colocado na eleição de domingo, reclamou junto da CEN a exigir esclarecimentos sobre os dados provisórios, insistindo que o seu resultado foi superior ao divulgado.

«Os 39% não correspondem de maneira nenhuma os votos expressos a favor do engenheiro Carlos Vila Nova. Os nossos dados até o momento apontam para um valor de mais de 44% dos votos expressos a favor da candidatura do engenheiro Carlos Vila Nova”, declarou o director de campanha, Américo Ramos.

Na segunda-feira, o terceiro colocado, o presidente do Parlamento, Delfim Neves, denunciou fraude e pediu a recontagem dos votos.

Também hoje, a quinta candidata mais votada Maria das Neves disse que “essas eleições jamais poderão ser consideradas de livres, justas e transparentes” e exigiu que a CEN a esclareça as alegadas “irregularidades” neste processo eleitoral.

O analista Liberato Moniz, questionado pela VOA, afirmou que“o caso é grave porque ao verificar-se a falta de tantos votos isto pode significar que quem está neste momento em primeiro lugar possa ter já ganho as eleições ou que os candidatos em segundo e terceiro lugares possam ter sido trocados”.

A CEN ainda não reagiu as denúncias de suspeita de fraude eleitoral.

De acordo com os dados provisórios divulgados na segunda-feira pela CEN, Carlos Vila Nova, com o apoio da ADI, e Guilherme Posser da Costa, apoiado pelo MLSTP/PSD, vão à segunda volta a 8 de Agosto.

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