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Aumentam casos de violência e abusos sexuais contra menores na Huíla


Uma das ruas da cidade do Lubango. Foto de arquivo
Uma das ruas da cidade do Lubango. Foto de arquivo

Dados avançados pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) na província da Huila, só no primeiro semestre do corrente ano, 39 casos de abuso sexual contra crianças foram reportados à instituição através do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Aumentam crimes sexuais contra menores na Huíla – 2:29
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O número de casos é preocupante na visão da directora provincial do INAC, Inês Pimentel, que apesar de não fazer qualquer comparação em relação ao mesmo período do ano anterior, revela-se alarmada pela tendência de aumento de ocorrências.

“O ano passado a nível nacional houve a campanha da luta contra a violência sexual contra a criança mas este ano estamos a repetir outra a vez porque o ano passado surtiu resultados os casos diminuíram mas este ano estamos a ver que eles tendem a aumentar não sei o que se está a passar no concreto”, disse Pimentel.

Sensibilizar as comunidades nos grandes ajuntamentos populacionais como nos mercados informais, igrejas e outros espaços públicos é a estratégia para fazer baixar os casos de abusos sexuais contra menores que ocorrem na sua maioria no meio familiar, de acordo com o INAC.

Inês Pimentel alerta que é importante que a nível das famílias haja igualmente atenção em ler os sinais que podem denunciar casos do género.

“Muitas das vezes a criança até dá sinal, ela não comunica não fala porque tem medo do agressor, mas ela vai dando alguns sinais”, acrescentou, reconhecendo que devido a “ ssa correria que os pais vivem não têm tempo de olhar os pequenos sinais que a criança dá”.

“Por exemplo uma criança que é muito alegre deixa de ser, uma criança que brinca muito com as outras deixa de brincar uma criança que tenha um rendimento muito baixo na escola uma criança que quando vê alguém a entrar ela foge uma criança que os pais dizem vai cumprimentar e ela nega, são pequenos sinais que nós adultos devemos dar conta e as vezes passa-nos despercebido”, afirmou a responsável.

O sociólogo Laurindo Bringo é de opinião que a violência sexual contra menores destrói a paz social e apoia mão pesada aos infractores para desencorajar tal prática.

“Um indivíduo que comete um acto de violação sobre uma criança ou seja qual for a taxa etária da vítima, é importante que essas pessoas sejam sancionadas de forma exemplar, isso também pode sim contribuir para desencorajar actos do género”, afirmou.

Casos de fuga à paternidade, trabalho infantil, violência física e psicológica são os outros tipos de violência contra a criança denunciados pelo INAC na região.

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