Cento e uma pessoas morreram no primeiro semestre de 2018 na província da Huíla, vítimas de VIH/Sida mais 14 do que em igual período de 2017em que perderam a vida 87 pessoas.
Lubango e Caluquembe são os municípios que registaram o maior número de óbitos com 85,2 por cento e 7 por cento respectivamente.
Entre as vítimas estão cinco crianças e 64 mulheres das quais duas grávidas e 32 homens.
Alarmado com a situação está o departamento provincial de saúde pública da Huíla, que através do supervisor do programa de luta contra a sida, Levi Gomes, aponta a chegada tardia dos pacientes aos centros médicos a par do estigma e da discriminação entre as causas do número de óbitos.
Gomes disse que muitos desses pacientes fizeram os testes «começaram o acompanhamento mas depois decidiram não comparecer ás consultas”.
“A maior parte dos óbitos deve-se muito à chegada tardia de alguns pacientes às unidades hospitalares aqueles pacientes que muitas das vezes sabem do seu estado serológico, mas não comparecem às consultas e mais tarde aparecem nesses estados crítico”, disse acrescentando ter que ter-se em conta também “a questão do estigma e discriminação».
O programa de luta contra a sida na Huíla reconhece ser necessário continuar a trabalhar na sensibilização da população.
Se o número de casos no Lubango pode encontrar justificação no facto de se tratar da capital da província com maior aglomerado populacional, em Caluquembe e na maioria dos municípios o problema está associado ao problema de acesso aos medicamentos e movimentação de doentes.
Olga Pio é activista da organização não-governamental, PRAZDOR, das poucas que trabalha no combate a doença, disse que os doentes “naquele município vivem muito distante das unidades sanitária então é um sacrifício para os nossos activistas terem que transportar estes doentes das suas localidades para irem fazer os testes e pegar os seus medicamentos no município».