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Atrasos e obstáculos no registo eleitoral ameaçam subir nível de abstenção, diz especialista angolano


Luís Jimbo, director do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia, Angola
Luís Jimbo, director do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia, Angola

Milhares de cidadãos angolanos poderão não poder votar nas próximas eleições devido a atrasos e dificuldades no registo daqueles que querem votar pela primeira vez ou na actualização do mesmo, alertou o director Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), Luis Jimbo, em declarações à VOA.

Obstáculos no registo eleitoral poderá levar a grande número de abstenções – 2:49
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Jimbo disse que a falta de informação aos eleitores sobre como e onde devem actualizar os seu locais de votação poderá impedir de votar os cidadãos que mudaram de residência e os que vão às urnas pela primeira vez no próximo pleito.

O líder associativo disse que o Ministério da Administração do Território (MAT) insiste em não envolver outros actores sociais para ajudar nas campanhas de educação cívica eleitoral, quando faltam pouco mais de dois meses para o fim do registo eleitoral oficioso.

Luís Jimbo diz que tudo que está a ser feito pelas autoridades não passa de “um debate invertido que cria mais dificuldades para compreender o que é o registo eleitoral oficioso”.

O líder cívico considera também que, aliado a isso, a desorganização, os atrasos e outros constrangimentos que se registam nas representações do Balcão Único de Atendimento ao Público (BUAP) podem contribuir para a abstenção eleitoral.

O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chicuamanga, entende, entretanto, que a desorganização nos BUAP é propositada e visa criar dificuldades aos potenciais eleitores.

“Há BUAPs que se situam a mais de 30 quilómetros fora das comunidades”, disse denunciando ainda situações em que pessoas que aguardam horas para ser atendidas são depois ultrapassadas nas filas de registo por grupos que contam com o apoio de “ordens superiores”, denunciou.

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