Treze militares americanos morreram e 15 ficaram feridos na sequência dos dois ataques suicidas junto do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira, 26, atribuídos ao Estado Islâmico.
A informação foi avançada pelo chefe do Comando Central dos EUA, quem acrescentou que "vários civis afegãos também foram mortos e feridos no ataque", disse o general Kenneth McKenzie.
Apesar dos ataques, McKenzie garantiu que a missão de evacuação vai continuar.
"Continuamos a executar a nossa missão número um, que é tirar o maior número possível de refugiados e cidadãos do Afeganistão", disse o general, reiterando que "o ISIS não nos impedirá de cumprir a missão".
Antes, uma fonte dos serviços de inteligência tinha dito à correspondente da VOA no Pentágono, Carla Babb, que pelo menos quatro americanos foram mortos.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmara anteriormente que "vários outros" estão a ser tratados por ferimentos.
Um porta-voz do Talibã afirmou que o número total de mortos foi de pelo menos 13 pessoas, com outras 52 feridas, mas condenou as explosões.
Entretanto, o Wall Street Journal revelou que menos 60 civis afegãos foram e 150 feridos.
John Kirby acrescentou que a primeira explosão no Abbey Gate foi "o resultado de um ataque complexo que resultou numa série de feridos entre americanos e em civis".
O porta-voz do Pentágono afirmou que uma segunda explosão ocorreu no Baron Hotel, a uma curta distância de Abbey Gate.
Ninguém assumiu a responsabilidade das explosões, mas um funcionário do Governo americano citado pela Associated Press disse que se acredita que o ataque foi realizado por uma afiliada do Estado Islâmico no Afeganistão.
Em relação à primeira explosão, uma fonte sénior do Taleban confirmou à VOA que um homem-bomba explodiu-se numa área onde um grande número de pessoas, incluindo mulheres, estava presente.
As explosões ocorreram horas depois de os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália terem emitido alertas simultâmios sobre um ataque terrorista no aeroporto e pedido que os seus cidadãos não se aproximassem no local.