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Assassinatos por alegada violação de regras da pandemia continuam a aumentar, denuncia Omunga


Arquivo: População reage à presença das forças de segurança numa manifestação por comida, no bairro Hoji-Ya-Henda em Luanda, um mês depois de declarado o estado de emergência. 8 Junho 2020
Arquivo: População reage à presença das forças de segurança numa manifestação por comida, no bairro Hoji-Ya-Henda em Luanda, um mês depois de declarado o estado de emergência. 8 Junho 2020

A notícia sobre o assassinato, no último sábado, 22 ,de um jovem, de 21 anos de idade, por um suposto elemento das forças de segurança, em Luanda por alegadamente por não usar máscara facial parece sustentar a última denúncia da Amnistia Internacional (AI) e da Omunga sobre os assassinatos de civis por alegadamente violarem as restrições impostas para se combater a Covid-19.

Reacções a acusações da amnistia internacional e Omunga - 3:18
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Estas organizações de direitos humanos pediram nesta terça-feira, 25, uma “investigação transparente e total” das autoridades angolanas aos incidentes em que pelo menos sete pessoas foram mortas pelas forças de segurança sob pretexto de estarem a aplicar as restrições impostas para se combater a Covid- 19.

O relatório da AI fala em sete mortes, mas o diretor da Omunga, João Malavindele, diz que neste momento já são 16 de cidadãos mortos nas mesmas circunstâncias.

Aquele responsável associativo afirma que os crimes ocorrem em várias províncias do país e em períodos diferentes, sendo Luanda a região com mais casos reportados.

Por sua vez, o jurista e líder da “Mãos Livres”, Salvador Freire, afirma à VOA que a sua organização “já tem uma equipa de advogados que está a acompanhar os vários processos crimes de assassinatos” desde que foi decretado estado de emergência e o estado de calamidade pública por causa da Covid-19.

O jurista e deputado do MPLA, partido no poder, João Pinto defende que todas as denúncias devem ser devidamente investigadas para se aferir se houve dolo na ação dos agentes em causa ou se resultaram de excesso de zelo.

“O Estado angolano é o primeiro a proteger a vida humana e a nossa história provou isso”, sustenta Pinto, para quem o Governo "não tem muitas lições a receber do exterior em matéria de defesa dos direitos humanos".

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