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Fome e pobreza mais evidentes em 2011


Fome e pobreza mais evidentes em 2011
Fome e pobreza mais evidentes em 2011

Worldwatch Institute diz que pela primeira vez o mundo conheceu um número sem precedente de indigentes

O Worldwatch Institute indicou que 2011 é o ano em muitas pessoas tiveram muito menos acesso a comida do que precisam para viver. A mesma instituição adianta que cerca de mil milhões de pessoas são indigentes e iletradas actualmente no mundo.

Danielle Nierenberg do Worldwatch Institute diz que o facto de mil milhões de pessoas não disporem de comida por exemplo para a refeição do jantar, não significa que mundo esteja a viver uma situação de crise alimentar.

“Nós produzimos alimentos mais do que suficientes no mundo não apenas para 7 mil milhões de pessoas que existem actualmente, mas para 9 a 11 mil milhões pessoas. Em 2050 prevemos que a população mundial seja a volta de 9 mil milhões e meio de pessoas e actualmente produzimos comida suficiente para alimentar esse número de pessoas.”

Danielle Nierenberg que dirige o Projecto Planeta diz que a problemática é como obter alimentos para as pessoas que dele necessitam actualmente. A pobreza tem impedido uma boa alimentação, não apenas na obtenção dos géneros alimentícios como também na aquisição de produtos como frutas e legumes considerados como a base nutritiva.

O Worldwatch Institute estima ainda que 1,3 mil milhões de toneladas de comida são desperdiçados todos os anos.

“Vinte a 50 por cento de alimentos ao nivel global é desperdiçado antes mesmo de serem consumido. E é um problema moral quando existe uma preocupação sobre o numero de pessoas indigentes no mundo.”

Para Danielle Nierenberg a boa notícia é que se pode prevenir o desperdício dos 20 a 50 por cento dos alimentos planeando as refeições e não comprando demasiada comida. Nos países em desenvolvimento estão a ser desenvolvidos sistemas de armazenamento e de conservação de alimentos que vao ajudar os agricultores a proteger as suas produções de bactérias, fungos e até mesmo de putrifação.

“Parte do problema da manutrição é a deficiencia em micronutrientes. A falta da vitamina A, ferro e iodo pode ter efeitos a longo prazo na vida de quem quer que seja. Por exemplo a deficiência da vitamina A em crianças pode conduzir a cegueira. A carrência de ferro em mulheres gravidas pode causar uma série de complicações.”

A especialista do Worldwatch Institute diz que um dos maiores problemas alimentares actuais no mundo é a elevada produção de calorias. Novas variedades de sementes são produzidas com destaque ao arroz, trigo e milho de alto valor nutritivo, ao mesmo tempo que pouca atenção é dada a produção de frutas e legumes que contém a maior parte de nutrientes.

Danielle Nierenberg diz entretanto que tem esperanças no futuro através do aumento projectos destinados a mitigar a fome e a pobreza, ao mesmo tempo que procura-se proteger o meio ambiente. No ambito desses projectos há a destacar as iniciativas do PAM no Quénia, Brasil, India, Tailandia e outros países onde os produtores de alimentos estão conectados com escolas e centros de pesquisas alimentares.

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