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Estados Unidos: Presidente Obama pode ser travado pelos Repúblicanos


Estados Unidos: Presidente Obama pode ser travado pelos Repúblicanos
Estados Unidos: Presidente Obama pode ser travado pelos Repúblicanos

Os dois anos que restam da administração Obama podem ser bom ou mau conforme o papel da oposição

Washington, 21 Dez - O Presidente Obama registou progresso na sua ambiciosa agenda em 2010. Mas observadores afirmam que o numeroso grupo de republicanos enérgicos no Congresso poderá constituir um grande travão de oposição à agenda de Obama em 2011.

O Presidente Obama alcançou várias vitórias legislativas em 2010. Aprovou peças legislativas difíceis para as instituições financeiras, regulamentos enérgicos no domínio de segurança, ao longo da fronteira com o México, que tinha sido uma das suas maiores prioridades, e ainda, uma reforma abrangente na arena dos seguros de saúde.

Mas, enquanto a economia do país continua estagnante, assim também os índices da sua popularidade baixaram. Acrescente-se o facto do eleitorado americano ter optado entregar o controlo da Câmara dos Representantes aos Republicanos, até então, na oposição. Foi a mensagem que Obama recebeu, este ano.

Em consequência disso, muitos analistas concordam que o Presidente Obama terá muita dificuldade em convencer os legisladores americanos a aprovar os seus programas legislativos em 2011.Mark Penn, estratega dos Democratas pondera.

“E a maior questão sobre a qual os americanos se interrogam é a de saberem se os próximos dois anos serão de impasses como o foram os dois últimos, ou se serão assinalados por realizações bipartidárias.”

Democratas e Republicanos não interpretam da mesma forma os resultados das eleições de Novembro passado. Para o Presidente Obama, os resultados manifestam o desejo dos americanos para os dois partidos trabalharem harmoniosamente na obtenção dos mesmos objectivos.

“O povo americano não votou para um impasse. Não foi às urnas para reforçar um partidarismo irreconciliável, o povo americano exige cooperação, exige progresso.”

Mas o comentador da ala conservadora, Amy Holmes, tem uma opinião diferente.

“Foi a maior derrota dos democratas desde 1938.Foi uma afirmação dos eleitores de que não desejam o que consideram políticas da esquerda dos liberais de um governo de uma grande agenda.”

Espera também o Presidente Obama uma dura batalha para fazer aprovar o seu plano mais importante de 2010, o seu programa de reforma dos cuidados de saúde. Mais uma vez, Mark Penn.

“Sou de opinião que de momento o presidente vai seguir dois importantes caminhos, situando-se no centro do xadrez político, e concentrar os seus esforços na economia.”

O analista conservador Amy Holmes também concorda em que o Presidente deve colocar-se no centro do jogo político.

“Na minha opinião, nos próximos dois anos, se o Presidente Obama não se colocar no centro do triângulo, tal como o fizera Bill Clinton, abraçando políticas que tenham um denominador comum com os Republicanos, não poderá realizar quase nada.”

Uma das prioridades deverá ser lançar boas bases da sua campanha para a reeleição em 2012,o que ajudou o Presidente Clinton a ultrapassar a derrota nas intercalares de 1994,ganhando a eleição dois anos mais tarde. Obama pode ser tão bem sucedido como isso em 2012.

“Desta forma, se puder reduzir a taxa do desemprego, se puder estabilizar-se no centro de gravidade triangular terá constituído uma sólida base de apoio de muitos americanos que ainda gostam dele e desejam-lhe bom sucesso.”

Na política, dois anos é muito tempo em que muito pode acontecer, concordam os analistas.

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