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WikiLeaks Desvenda Beligerância da Coreia do Norte


WikiLeaks Desvenda Beligerância da Coreia do Norte
WikiLeaks Desvenda Beligerância da Coreia do Norte

A divulgação na Internet de correio diplomático dos Estados Unidos mostra um possível motivo para a recente beligerância da Coreia do Norte

A correspondência mostra que, em Fevereiro, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul disse ao embaixador dos Estados Unidos que, o que classificou por “sofisticados” funcionários chineses, pensam agora que a Coreia devia ser unificada sob o controlo de Seul, se a Coreia do Norte entrar em colapso.

O ministro sul-coreano, Chun Yung-woo, é citado como tendo dito que embora os chineses não queiram tropas americanas no que é agora a Coreia do Norte, aceitam uma Coreia unificada numa aliança, que chamou de “benigna”, com os Estados Unidos.

Chun, actualmente o conselheiro presidencial para a segurança nacional, disse que jovens líderes no partido comunista chinês não estão dispostos a arriscar uma guerra na península coreana para ajudar uma Coreia do Norte que há muito deixaram de considerar útil ou de confiança.

Para além disso, Chun afirmou que o seu governo pensa que o governo do Norte pode entrar em colapso dentro de dois ou três anos após a morte do líder Kim Jong Il.

O professor Brian Myers, da Universidade Dongseo, na cidade sul-coreana de Busan, um especialista sobre a ideologia norte-coreana, afirmou que a sua liderança nunca teve a confiança da China:

“Não penso que essas revelações venham a constituir um choque para um regime que pensa sempre o pior dos estrangeiros. Elas serão um choque para a população norte-coreana quando souberem disso e vão ter porque actualmente tem muito acesso a fontes de informação exteriores. Vai aumentar o que parece estar a haver uma crise de confiança na Coreia do Norte.”

E Myers acrescentou que isso é actualmente a maior ameaça à sobrevivência da Coreia do Norte e que Uma crise de confiança no interior do país poderá levar Kim Jong Il a agir mais agressivamente contra o Sul enquanto prepara o seu filho, Kim Jong Un, como seu sucessor.

As tensões na península coreana aumentaram dramaticamente este ano. Um navio de guerra sul-coreano explodiu e afundou-se no Mar Amarelo em Março e investigadores internacionais disseram que ele foi atingido por um torpedo norte-coreano, embora Pyongyang negue quaisquer responsabilidades.

Na semana passada, pela primeira vez desde a Guerra da Coreia no princípio dos anos 50, a Coreia do Norte bombardeou civis sul-coreanos. Quatro pessoas morreram na ilha de Yeonpyeong. Pyongyang disse ter respondido a disparos da artilharia sul-coreana perto da disputada fronteira marítima entre as duas Coreias.

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