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Doença destrói as culturas de mandioca na costa leste de África


Doença destrói as culturas de mandioca na costa leste de África
Doença destrói as culturas de mandioca na costa leste de África

Os países mais afectados são a República Democrática do Congo, o Uganda, o Burúndi e o Ruanda

As Nações Unidas revelaram que uma nova doença que está a destruir as culturas de mandioca na costa leste de África pode transformar-se numa epidemia.

A FAO acrescenta ser urgente a atribuição de verbas e de estudos para impedir uma ainda maior devastação da zona.

A FAO sublinha que uma nova variante da Mandioca Castanha está a alastrar através da região dos Grandes Lagos, e que os países mais afectados são a República Democrática do Congo, o Uganda, o Burundi e o Ruanda.

O responsavel da FAO Jan Helsen alertou para as consequencias desastrosas para a região se o alastramento da doença não for contida.

“Se não for feito nada, se não existir apoio técnico contínuo, a nivel das comunidades, o risco será enorme – o risco de uma epidemia é real, com potencial impacto na segurança alimentar de milhões de pessoas.”

Helsen sublinha que a doença infectou já cerca de 30 por cento das colheitas no Ruanda e no Burundi e cerca de 80 por cento no leste do Uganda.

A cassava é mais do que uma simples refeição no leste do continente africano.

A FAO recorda que a cassava fornece cerca de um terço das calorias diárias para as populações dos países onde a doença tem maior prevalencia. É igualmente uma fonte relativamente barata de nutrição para as populações urbanas pobres.

Ao mesmo tempo, a cassava tem se transformado numa fonte importante de exportação. O Instituto de Pesquisa da Política Alimentar avalia que a produção mundial de cassava vai atingir 279 milhões de toneladas métricas em 2020 – ou seja 60 por cento das quais se destinam ao continente africano.

Helsen acrescenta que a FAO está a solicitar aos parceiros regionais, às instituições agrícolas e às comunidades locais para acabarem com doença, e considera a educação um instrumento vital.

“Os agricultores têm de conhecer as práticas de uma boa agricultura. Esta é a vertente sanitária da comunidade. Se reconhecerem os sintomas nas folhas, tem de arrancar a planta”.

Um dos principais obstáculos à contenção da doença é o facto de ter sintomas diferentes de local para local.

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