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Congresso da UNITA em "finais de Outubro / princípio de Novembro"


Alcides Sakala, porta-voz da UNITA
Alcides Sakala, porta-voz da UNITA

Porta-voz refuta acusação que actual presidente não queria um congresso

O Congresso do maior partido da oposição de Angola, a UNITA, deverá realizar-se em finais de Novembro ou princípio de Dezembro, dizem analistas locais.

A Comissão Política da UNITA decidiu recentemente na realização de um congresso mas não especificou uma data. A Comissão Política encarregou o presidente de decidir numa data para o Congresso que terá contudo que ocorrer até ao final do ano.

Foi a falta de definição de datas que suscitou a contestação de sectores no interior do partido do “galo negro” em Junho passado.

O porta voz da UNITA Alcides Sakala disse á Voz da América serem infundados os receios manifestados por alguns sobre a não realização do congresso, afirmando que a questão tinha sido levantada pelo próprio presidente da UNITA em Setembro do ano passado.

Na altura, disse ele, acordou-se que logo que fossem criadas as condições o congresso seria realizado.

"Não houve recuo nessa posição," disse Alcides Sakala.

De qualquer modo de todas deliberações da Comissão Política a que mais chamou atenção foi a suspensâo de algumas figuras de proa UNITA. Constavam os nomes de Samuel Chiwale, o Gen. Paulo Lukamba “Gato”, Carlos Tiago Kandanda, Antonino Chiyulo, por se terem associado a um designado “Grupo de Reflexão” que questionou a legitimidade do actual presidente.

O comunicado da UNITA entretanto, deixa a entender que não houve sanções por enquanto, mas não fecha esta possibilidade para os próximos dias, quando estiverem concluídos os processos.

Segundo observadores da política partidária, mais do que uma moratória, a incerteza agora criada obedece a um objectivo político.

De acordo com os observadores, o objectivo é “desgastar" adversários internos de Samakuva que se apresentaria em posição de vantagem no próximo Congresso, cuja data exacta não ficou definida.

A Comissão Política, deliberou tambem processar o Estado angolano junto das instâncias internacionais que acusa de não devolver à UNITA bens que haviam sido confiscados pelo estado angolano.

A devolução faz parte dos acordos de reconciliação e a UNITA diz que o estado angolano não tem respeitado esses compromissos.


A iniciativa não fica pelas instâncias judiciais.

O “galo negro” vai avançar também com cartas ao Secretário Geral das Nações Unidas, assim como aos países que no passado integraram a Troika de Observadores, nomeadamente Rússia, Portugal e Estados Unidos.

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