Mais de um terço da população mundial encontra-se infectada com a bactéria que provoca a tuberculose – uma doença conhecida como tuberculose.
Em muitas das pessoas infectadas a bactéria permanece dormente. Mas as pessoas que vivem com o HIV são mais susceptíveis de desenvolver tuberculose activa, pelo facto de a tuberculose ter enfraquecido os sistemas imunitários.
Especialistas da conferência sobre a SIDA sustentam que a vontade política e o financiamento adequado são os únicos obstáculos à redução dos números daquelas mortes.
A tuberculose é uma doença que se transmite pelo ar sendo mais frequentemente transmitida em áreas super povoadas. Todos os anos, registam-se mundialmente mais de nove milhões de novos casos, na sua grande maioria em países em desenvolvimento densamente populosos como a Índia, a China, a Nigéria e o Bangladesh.
Não existe uma vacina contra a estirpe mais comum de tuberculose, mas a doença é tratável e curável. No entanto nas pessoas com HIV, transformou-se na principal causa da morte.
Na recente conferência internacional sobre a SIDA, a parceria para acabar com a tuberculose e a UNISIDA anunciaram um acordo para trabalhar em conjunto para combater as duas doenças com uma estratégia unificada.
O médico Marcos Espinal é o secretário executivo da parceria.
“A infecção dupla da tuberculose e da SIDA é algo que anda em conjunto. Não se trata de algo que venha a desaparecer a menos que sejam aplicadas as medidas necessárias para combater em conjunto as duas epidemias – ou por outras palavras através da integração dos serviços das duas doenças, para que tenhamos a certeza de que as populações em África, na América Latina e na Ásia tenham acesso aos dois géneros de serviços no mesmo centro de saúde”.
As pessoas com o HIV são 20 a trinta vezes mais passíveis de desenvolver a tuberculose das que não tem o HIV. Uma vez que a adquiram, pode matá-las rapidamente, num espaço de poucos meses. Os especialistas adiantam que cerca de 25 por cento das mortes por HIV são devidas à tuberculose.
O médico Espinal sublinha que a parceria para conter a tuberculose destaca que a tuberculose e a SIDA não são apenas questões de saúde. O médico acentua que tem implicações sociais, económicas e de direitos humanos que requer vontade politica para ser reduzida e eventualmente erradicada.
“Temos de assegurar que as pessoas que tomam as decisões, que decidem o financiamento, que decidem do compromisso, recebam claramente a mensagem”.
Os especialistas consideram que no caso do plano global de combate à tuberculose ser financiado e aplicado, milhões de vidas serão salva e milhões de outras pessoas irão receber o tratamento necessário.