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Maputo apontada como cidade com pouca segurança


Imagem nocturna de Maputo, capital de Moçambique
Imagem nocturna de Maputo, capital de Moçambique

Maputo é a quarta cidade com altos índices de vitimização ao nível mundial e figura no 27º país com maior índice de homicídios, indica um estudo divulgado nesta quarta-feira pela organização Open Society Iniciative for Southern Africa (OSISA).

Maputo apontada como cidade com pouca segurança

Maputo é a quarta cidade com altos índices de vitimização ao nível mundial e figura no 27º país com maior índice de homicídios, indica um estudo divulgado nesta quarta-feira pela organização Open Society Iniciative for Southern Africa (OSISA).

O estudo, intitulado “Avaliação do Crime e Violência em Moçambique”, faz um levantamento de factos e números da situação criminal em Moçambique e conclui, de entre outros aspectos, que as desigualdades sociais, são um dos principais factores que originam os altos índices de criminalidade.

“Um dos factores importantes quando falamos de crimes em Moçambique é o factor das desigualdades. Quando falamos de Moçambique na última década falamos de um desenvolvimento significativo. Nos últimos anos tem havido muitas boas notícias em termos da descoberta dos recursos naturais e hidrocarbonetos, mas infelizmente ainda não notamos este impacto na sociedade e as desigualdades são cada vez crescentes”, enfatizou Aly Lalá, um dos consultores que produziram o estudo, falando no decurso da apresentação pública.

O estudo refere que a maioria dos crimes registados são contra propriedades e em termos quantitativos são maiores do que os que são registados na região.

Refere ainda o estudo que a maior parte dos casos da criminalidade não é violenta, contudo, as formas mais graves são violentas.

Segundo Lalá, o país regista um baixo índice de casos que são reportados às autoridades e na mesma proporção está o índice de condenações.

Estatísticas nacionais indicam que a criminalidade está a diminuir nos últimos quatro anos. Apesar de reconhecer o esforço que está a ser desenvolvido pelas autoridades no combate ao crime, o estudo indica que esta percepção pode resultar da tendência que as pessoas têm de não recorrer aos mecanismos institucionalizados para reportar os crimes, como resultado da “cada vez menor confiança que tem no sistema”.

O rácio polícia / habitante é de um polícia para cada 100 mil habitantes e esta é uma das taxas mais baixas que existem no mundo.

O estudo refere que o aumento do policiamento, a aplicação da lei, o funcionamento efectivo do sistema de justiça formal e outras iniciativas de prevenção do crime são medidas cruciais para estancar a onda de criminalidade, contudo, recomenda a adopção de soluções concertadas, que passam pelo equilíbrio, coordenação e envolvimento comunitário.

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