Oposição pede aos EUA para impedir a fraude eleitoral em Angola
Os partidos políticos na oposição e organizações juvenis instaram ao governo americano, a tomar medidas enérgicas para se impedir a fraude eleitoral em Angola, com propósitos de evitar uma revolta popular cujas consequências poderão ser maiores.
As advertências surgem na sequência da visita que o Embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, Joseph J. Mcmullen, efectuou a Benguela, onde manteve encontros com as autoridades governametais, partidos politicos e membros da sociedade civil.
Os diferentes actores falam da crise social, reconhecem os ganhos relativos da paz e receiam uma convulsão social, antes ou depois das eleições. O embaixador Mcmullen participou no “Quintas de Debates”, um espaço promovido pela associação civica Omunga.
O diplomata americano debruçou-se sobre o tema “ A Evolução da Democracia Norte Americana, Liçoes para Angola”.
Os diferentes sectores da sociedade em Benguela, consideraram diplomaticamente correcta a postura do embaixador durante os debates, mas afirmam que o clima de tensão em Angola não se resolve com discursos diplomaticos.
Na ocasião o embaixador anunciou a pretensão do seu governo investir cerca de dois milhoes de dolares, para a edução civica eleitoral, observação e capacitação dos jornalistas para a cobertura eleitoral.
A VOA, Martins Domingos, presidente do Forum de Ascultação e Participação Juvenil de Benguela, considerou inuntil este invistimento, alegando que espera que os americanos usem a sua influencia para persudir as autoridades angolanas a realizarem eleiçoes livres justas e transparentes para se evitar conflitos.
“ O apelo que eu deixo ao governo americano e ao executivo angolano é quando o processo sair mal o povo é que será sacrificado” disse aquele lider juvenil, acrescentando que “ em paises com processos iguais quem ficou desalojado foi o povo em função deste cinismo das instituiçoes internacionais e nacionais.”
Alberto Nagalanela, secretario provincial da UNITA, disse que, existe a percepção que os americanos estão mais interessados com o petroleo do que com o sofrimento dos angolanos, mas concorda com as afirmaçoes do embaixador de que o problema angolanos depende muito das dinamicas locais reividicativas e exigencias legitimas dos varios actores.
“ Os intervenientes acham que os Estados Unidos não têm exercido com toda sua influencia acçoes que possar persuadir o governo angolano a enveredar para o aprofundamento da democracia inclusiva, inclusive questionaram o facto de os americanos usarem dois pesos e duas medidas em certos paises.”
O politico proseguiu dizendo que “ esse entendimento é proprio para um povo como o angolano que está cansado e que muitas das vezes sabe que nem sempre os resultados eleitores não reflectem a vontade do povo”.
Já Francisco Viena, secretario provincial do Bloco Democratico apelou aos americanos a repensarem Angola sobretudo neste fase eleitoral.
“ Angola precisa do apoio dos americanos. Nós angolanos gostariamos que os americanos ajudassem Angola neste momento que estamos em paz, a democratizar o nosso país, tornar o processo democratico angolano serio. Nós não gostariamos que presidente americano ajudasse Angola numa altura de convulsoes sociais e talvez ate la os apoios serão mais caros.”
Todos os intervenientes apontaram a corrupção como a principal causa do retrocesso do processo democratico e dos abusos em Angola.