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Namibe: Governo e Panificadores em guerra devido ao preço do pão


Padaria no Namibe
Padaria no Namibe

O governo do Namibe e os empresários locais negoceiam o preço do pão, com o propósito de encontrar uma solução que satisfaça ambas partes e os consumidores

O governo do Namibe e os empresários locais panificadores, negoceiam o preço do pão, com o propósito de encontrar uma mediania que satisfaça os interesses das duas partes e dirimir o conflito de interesses entre a população e os empresários.

A contestação da população pela subida de preço do pao, terá levado à reflexão do executivo de Cândida Celeste da Silva, concomitantemente tomar a peito a situação, que o seio das comunidades a contas com a extrema pobreza já estava a repercutir-se no sentimento de repulsa.

Temos que defender a população, justificou nestas entrelinhas, o Director Provincial do Namibe da Indústria, António Figueiredo, responsável do órgão que tutela a actividade panificadora na província:

«Decidimos um encontro com eles, no sentido de concertarmos a situação, para que o assunto "subida de preço do pão" seja encaminhado dentro dos procedimentos legais, uma vez que, até aqui, foi tratado apenas no fórum dos empresários "panificadores" e as instâncias do governo não foram tidas em conta. Portanto, aconselhamos que eles deviam estruturar melhor as suas propostas e submete-las ao governo da província, que através dos seus órgãos especializados, vai analisar e decidir da continuidade da venda do pão ao preço proposto, quinze, dezassete ou menos», esclareceu.

Disse ainda que só poderão alterar o preço do pão a 12 kwanzas, ora concertado, em função da resposta que vier do governo da província, em resposta do processo/proposta de alteração remetido aquela instância governamental, fora do qual, estarão os empresários em contravenção, passível de medidas policiais.

«O pão é um alimento de primeira necessidade e mexe com a sociedade, razão por que estamos preocupados com esta situação e os panificadores também responderam o nosso apelo», reiterou.

Enquanto estiver a decorrer o processo de alteração do preço do pão junto do governo da província, proposto pela Associação dos Panificadores do Namibe, António Figueiredo assegura à população o preço provisório de 12 kwanzas o pão, contra 15 kwanzas praticados na semana passada, considerado especulativo. Reitera o engajamento das autoridades governamentais ao diálogo permanente com esta classe empresarial, em nome da população namibense e encontrar solução que satisfaça as partes.

«A partir de hoje sexta-feira, 08.07.2011, o preço do pão baixou para 12 kwanzas, depois vamos ver, pode ser que, depois venha a subir ou descer, ainda mais, portanto, tudo vai depender da decisão superior da província, mas enquanto o governo não conceder luz verde, acho que as coisas deverão ficar ainda assim», respondeu.

Ninguém faz negócio para perder, mas também o povo não deve ser penalizado no meio de tudo isso, disse António Figueiredo.

«Quer o governo, quer os empresários, não trabalham no sentido de prejudicar a população. Os empresários perseguem o lucro e o governo persegue o bem-estar da população, portanto dois objectivos diferentes convergem para uma simbiose de parceria, “empresário e governo” razão pela qual, teremos que encontrar um meio-termo, no sentido de ajudarmos a nossa população. O resultado das negociações vai ilibar os panificadores de qualquer chatice com a polícia económica, em função do preço a estabelecer por decisão final do governo da província. Acho que encontraremos uma saída, sobre o caso», disse.

Falando para a Voz de América, alguns cidadãos manifestam a sua satisfação pelo recuo do custo do pão no Namibe.«Chamo-me António Francisco, comprei o pão a 12 kwanzas, comparativamente ao preço praticado na semana passada, o pão hoje baixou, graças a reacção da população, mas ainda assim, queremos que o preço desça mais, até 10 kwanzas», corroborado com outros cidadãos, sem voz, falando para a VOA, no Namibe.

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