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Unicef preocupada com malnutrição aguda no Corno de África


Seca agravada na região do Corno de Africa obriga familias a emigrar para países vizinhos
Seca agravada na região do Corno de Africa obriga familias a emigrar para países vizinhos

Situação de seca agravada provoca igualmente a migração para o Quénia e Etiópia

O Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef – indicou que a seca na região do Corno de África, tem provocado uma alta taxa malnutrição aguda entre as crianças.

Segundo ainda a Unicef dezenas de milhares de vítimas da seca estão a procurar refúgios no Quénia e na Etiópia onde esperam encontrar comida.

Os números são cada vez mais alarmantes. A Unicef estima que 480 mil crianças na Somália, Quénia e Etiópia vão ser afectadas pela malnutrição crónica este ano. É um aumento em 50 por cento em relação aos cálculos do ano passado.

A agência das Nações Unidas adianta que as zonas de maiores índices encontram-se ao sul da Somália, onde pelo menos uma em cada três crianças é vítima da malnutrição crónica. A porta-voz do Unicef Marixie Mercado diz que as condições humanitárias são das piores em relação aos últimos dez anos.

“Actualmente 2,85 milhões de pessoas ou seja, um em cada três somalis, está em crise, no que se refere a falta de água e condições sanitárias, serviços básicos de saúde, vulneráveis as doenças e em risco por causa do conflito. Em zonas afectadas pela seca no Quénia, as entradas mensais nos hospitais para o tratamento de malnutrição crónica são 78 por cento superiores ao ano passado.”

As Nações Unidas reportam que mais de 10 milhões de pessoas na região do Corno de África estão afectadas pela mais severa seca que assola a região há cerca de 60 anos. Dois anos consecutivos de falta de chuva resultaram na falta de semente e na morte de 30 por cento de gado.

As agências humanitárias reportam que o aumento dos preços dos alimentos está a obrigar a famílias pobres e moderadas a partir, e essas pessoas estão a refugiar-se em campos de refugiados no Quénia e na Etiópia a procura de ajuda alimentar.

A porta-voz da Unicef diz que a metade das crianças que chegam a esses centros na Etiópia é malnutrida.

“No campo de refugiados de Melkadida, a taxa de mortalidade de crianças está à cima de quatro por 10 mil mortos diários. Os campos estão superlotados e as condições sanitárias, água potável, comida, nutrição e alojamento são cada vez pior.”

A porta-voz da Unicef adiantou que a agência está a trabalhar com o Alto Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados para reforça a assistência as crianças nos campos de refugiados no Quénia e na Etiópia. Ela sublinhou que as necessidades são enormes, e que só na Somália são necessários pelo menos 10 milhões de dólares para garantir a assistência apenas no próximo mês.

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