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Mais oficiais seniores desertam do exército da RDC para reforçar a rebelião


General Bosco Ntaganda líder do M23, uma força rebelde na República Democrática do Congo (Arquivo)
General Bosco Ntaganda líder do M23, uma força rebelde na República Democrática do Congo (Arquivo)

Quatro coroneis e mais de 200 homens terão passado das forças govermentais para M23 de Bosco Ntaganda a leste do país

Mais deserções no exercito da RDC para o M23

Mais oficiais superiores estão a desertar as forças armadas da República Democrática do Congo. O porta-voz da missão militar das Nações Unidas no Congo afirma que as deserções têm produzido um impacto significativo tanto no combate como no moral dos militares das forças armadas congolesas.

A missão das Nações Unidas afirma que a situação na provincia congolesa do Kivu do Norte contínua tensa, em grande parte devido às deserções continuadas das forças armadas congolesas para o movimento rebelde M23.

O grupo rebelde M23 teve a sua origem num outro grupo rebelde, o CNDP, que se tinha associado às forças armadas congolesas há tres anos no ambito do acordo de paz. Mas, muitos dos seus elementos desertaram em Abril ultimo dando o seu apoio ao lider rebelde Bosco Ntanganda que está a ser procurado por crimes de guerra.

Em Maio passado, os militares congoleses repeliram as forças rebeldes do M23, afugentando-os até a fronteira com o Ruanda e Uganda. Mas este mês, a ofensiva das forças armadas mostraram ter perdido o seu o ímpeto, havendo noticias segundo as quais os rebeldes estariam a receber ajuda do Ruanda.

Nos últimos 10 dias, quatro ex-coronéis do CNDP e um número de desertores, calculado em 200 soldados, teriam abandonado o o grupo CNDP para se juntarem ao movimento rival, M23.Um dos desertores do CNDP, Coronel Douglas, tinha sido responsável dos serviços secretos militares da zona onde se realizava a maior parte da luta contra o movimento M23.

O portavoz militar das Nações Unidas, Coronel Felix Basse, disse à Voz da América que as deserções tinham vibrado um duplo golpe às Forças Armadas da Republica Democrática do Congo, conhecidas pela sigla FARDC.

“Em primeiro lugar, todas estas deserções enfraquecem as Forças Armadas da República Democrática do Congo. Em segundo lugar, as deserções produziram um impacto psicologico. Importante nas operações em curso imaginar um oficial da patente superior de comandante que deserta e foge. É um golpe significativo, na verdade que afecta o moral dos soldados no terreno.”

O porta-voz militar das Nações Unidas adiantou que apesar de tudo, as forças armadas congelesas continuam a manter as suas posições e que a MONUSCO, a missão das Nações Unidas no Congo, reforçou as suas posições na Provincia do Kivu do Norte, sem, todavia, envolver-se em luta contra as forças rebeldes do movimento M23 que está a causar agitação e grande alarme nas aldeias da região.

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