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Huambo: UNITA acusa MPLA de ter falsificado número de eleitores


Liberty Chiyaca, secretário provincial da UNITA no Huambo
Liberty Chiyaca, secretário provincial da UNITA no Huambo

Preparar a opinião pública para aceitação de resultados eleitorais fraudulentos

Huambo Unita

A UNITA Huambo acusa o partido no poder de ter falsificado o número de eleitores daquela organização política.

Liberty Chiyaka, secretário provincial da UNITA reagia assim as declarações do secretário do MPLA desta província, Faustino Muteka, segundo as quais o partido no poder tem vindo a criar condições necessárias para, nesta parcela territorial, vencer as eleições de maneira convincente, como aconteceu em 2008.

A garantia de Faustino Muteka, quando falava na abertura da VII jornadas parlamentares do MPLA, foi fundamentada em que, dos 747.253 eleitores existentes na região, 572.883 são da organização no poder, uma cifra que tende a aumentar.

Chiyaka alega que o MPLA pretende com estas afirmações preparar a opinião pública para aceitação de resultados eleitorais fraudulentos nas eleições de 31 de Agosto.

“A esse respeito, a UNITA no Huambo está em condições de repor a verdade dos factos, acerca da forma como o MPLA conseguiu os números que publicou” disse o político, alegando que “em 2008 foram mapeadas para todo o território da província do Huambo, e de acordo com os dados fornecidos pela CNE na altura, 2.982 mesas de eleitores. No fim do processo apareceram escrutinadas 3.985 eleitores.”

Liberty Chiyaka recorreu também ao- Livro Branco – um estudo-relatório sobre as eleições de 2008 apresentado aos órgãos de soberania do Estado e nunca foi refutado pelas autoridades angolanas.

“Na província do Huambo foi provada a existência de 1.003 mesas eleitorais fantasmas. Legalmente cada mesas eleitoral deveria atender a cifra máxima de 250 eleitores.”

“De facto, se dos 426.226 subtrairmos os 250.750 eleitores fantasmas das 1.003 mesas eleitorais que o MPLA fabricou a margem da lei, ficamos com uma cifra para o MPLA de cerca 175.476 votantes naquele partido em toda província do Huambo.”

A oposição chamou ainda o discurso de Muteka de anedotas política para esconder a divisão interna do MPLA no Huambo.

“A produção anedotas política com propósitos enganosos, tendo em conta o grau de descontentamento e desnorte que se verificam nas hostis do MPLA na província, so podem significar a preparação da fraude eleitoral. Queremos aqui deixar bem claro que a UNITA não vai permitir mais defraudar a vontade soberana atreves de artifícios políticos e fraudulentos.”

O MPLA, por sua vez, diz que não precisa da fraude porque detêm a maioria.

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