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Moçambique: Juiz adia sentença do membro da RENAMO em Nampula


Sede do governo provincial de Nampula
Sede do governo provincial de Nampula

Novas provas foram adicionadas ao processo e o magistrado recomendou reinstrução do caso

Nampula: Juiz adiou leitura de sentença

O Tribunal Judicial da cidade de Nampula viu-se hoje obrigado adiar a leitura da sentença do julgamento no qual António Nihorua, membro sénior da Renamo, é acusado de ter promovido desmandos que culminaram com agressões físicas a dois jornalistas da Televisão de Moçambique, em Nampula, no passado dia 8 de Fevereiro deste ano.

O adiamento da sentença, deveu-se ao facto do relatório clínico, cujos resultados se encontram na posse do Tribunal, ter confirmado graves lesões de um dos jornalistas na sequência dos alegados espancamentos que o ofendido afirma ter sido vítima, na sede política daquela formação política.

Em função dos resultados laboratoriais, o Juiz Presidente da Terceira Sessão do Tribunal da Cidade, Fernando Luís Emaga, decidiu que fosse alterada a forma legal do processo para seguir os procedimentos da polícia correccional.

O processo será, entretanto, devolvido ao Ministério Público para efeitos de acusação, contestação, incluindo julgamento, num período não inferior a 90 dias, segundo confirmaram fontes do Tribunal num dedo de conversa com a VOA.

O julgamento deste caso teve lugar no passado dia 27 de Abril depois do primeiro adiamento, anteriormente agendado em 7 de Março.

Lembramos que naquele dia em pleno tribunal, Vicente Martins jornalista da TVM disse ter sido vítima de ofensas corporais, na companhia do seu colega de serviço, Horácio Hermínio, supostamente movidas pelos ex-guerrilheiros da Renamo, quando se preparavam para efectuar uma reportagem de carácter social na delegação politica em Nampula.

Sustentou o ofendido que os espancamentos, que resultaram na deformação de um dos seus membros superiores e na vandalização do seu equipamento de trabalho, teriam sido ordenadas pelo porta-voz da RENAMO em Nampula, com quem havia combinado uma entrevista no local. Mas este porta-voz negou que tivesse sido abordado sobre o assunto e muito menos que tivesse conhecimento da presença dos jornalistas na sede do partido.

Foi na sequência dos espancamentos e porque não havia provas medicas, que o juiz que dirigiu o julgamento decidiu que se procedesse um exame médico, uma vez que o ofendido ainda naquele dia se queixava de intensas dores no braço direito.

O advogado da Renamo, Alberto José Sabe, falou a VOA e citamos “estou conformado com decisão do Tribunal, apesar de lamentou a forma como o processo esta a ser tramitado pelo pessoal do cartório”

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