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UNITA acusa serviços secretos de assassinarem militante


Alberto Ngalanela, secretário provincial da UNITA em Benguela
Alberto Ngalanela, secretário provincial da UNITA em Benguela

Manuel Loureço foi encontrado na comuna da Capupa, gravemente ferido e acabou por falecer no hospital

O maior partido na oposição angolana, UNITA, acusou os Serviços de Inteligência e Segurança de Estado ,SISE, de terem assassinado um militante do seu partido no município do Cubal, província de Benguela.

Manuel Loureço foi encontrado na comuna da Capupa, gravemente ferido e acabou por falecer no hospital depois de ter sido raptado supostamente por agentes da secreta angolana.

Em declarações à “Voz da América”, o secretário provincial da UNITA em Benguela, Alberto Francisco Ngalanela, disse que com esse assassinato sobem para 31 o número de mortes dos militantes do seu partido na província, na sequência dos actos intolerância política em época de paz.

Ngalanela referiu que, a sua organização deverá tomar medidas enérgicas para impedir que, aquilo que descreve como “abusos,” não voltem a acontecer na província, alegando que os membros da sua formação política não têm direito de morrer como cães.

Enquanto isso, contingentes da polícia antimotim estão a ser destacados para o município do Cubal para intervirem em caso de eventuais represálias por parte da oposição.

“ Se nós não temos segurança da parte da polícia, não temos segurança da parte do SISE, cabe à UNITA defender-se” disse ele.
Segundo, o dirigente do maior partido na oposição, no passado dia 9 do corrente por volta das 20 horas, oito elementos que se identificaram como sendo da extinta Organização de Defesa Civil (ODC) invadiram a residência de Manuel Lourenço tendo espancado a sua esposa.

De acordo com a fonte, depois de terem agredido a mulher, os mesmos indivíduos raptaram Lourenço que foi encontrado gravemente ferido por populares no dia 11 do corrente.
“ A polícia nacional diz que está preparada para assegurar as eleições, mas não” disse Ngalanela, alegando que “ é na comunidade, onde ODC foi reactivada, onde a polícia é mero instrumento do partido no poder.”

Ngalanela informou ainda que, que nas vésperas da realização do comício do dia 17 de Março, presidido por Abilio Kamalata Numa, no Cubal, os agentes dos serviços secretos haviam ameaçado retaliar contra todos os que fossem daquele acto político.

“ Fomos instados em relação a essa ameaça, nós contactamos o comando provincial de Benguela e depois de algumas diligências com o comando municipal da polícia, o comando provincial garantiu-nos que todos aqueles que participaram no comício podiam regressar. Não passou um mês os elementos da ODC, os elementos do MPLA e do SISE conseguiram consumar as ameaças que já havíamos informado a polícia”, disse o dirigente.

A VOA tentou sem sucesso ouvir a polícia nacional. Refira-se que, esse incidente ocorre poucos meses depois da oposição ter responsabilizado a secreta angolana pela morte de um dirigente daquela organização política no Balombo.

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