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Medo das vacinas possibilita alastramento de doenças evitáveis


Alguns pais acreditam que os filhos não serão infectados

Um novo estudo indica que o receio e a complacência sobre as vacinas podem possibilitar que doenças evitáveis como a pólio, o sarampo e a tosse convulsa podem alastrar. Cientistas sustentam que evitar o receio sobre as vacinas deve fazer parte da política mundial de imunização.

O vírus pode ser de reduzidas dimensões, mas pode circular muito rapidamente para muito longe. O professor Chris Bauch sustenta que o medo das vacinas pode contribuir para o alastrar do vírus.

“O receio das vacinas é muito antigo. Quando a primeira vacina foi inventada, a vacina contra a varíola, registou-se uma enorme resistência contra a vacina. As pessoas receavam que os seres humanos se tornassem híbridos devido à relação das vacinas para o gado e contra a varíola”.

Verificou-se um alarme nos anos setenta contra a vacina da tosse convulsa, o que diminuiu a imunização em muitos países. Na década de noventa, verificou-se um enorme alarme sobre as vacinas do sarampo, da papeira e da rubéola após ter sido sugerido que causava o autismo. Esta acusação ainda continua.

O receio da vacina contra a pólio em áreas da Nigéria tem tido repercussões de enorme alcance.

“A pólio tem estado essencialmente confinada ao norte da Nigéria. E quando o receio apareceu, a cobertura de vacinação baixou de tal forma que a pólio reapareceu e alastra não apenas na Nigéria, mas como para outros países. Este revés adiou de vários anos a erradicação da pólio.”

No caso das crianças de uma comunidade serem vacinadas, leva a que alguns pais acreditam que os seus filhos não serão infectados. Uma outra razão é a pressão por parte de outros pais para que não se realizem campanhas de vacinação.

Segundo Chris Bauch nos países em desenvolvimento quando os pais vêm os efeitos da doença existe a tendência para que se verifique a vacinação das crianças.

Desta forma o êxito de uma campanha de vacinação necessita de uma aproximação em duas frentes. Explicar os riscos tanto da doença como da vacina.

Mesmo que a doença seja rara, exista a possibilidade de se ficar muito doente, do que da própria vacina

A segunda vertente, que é bastante eficaz, reside no exemplo dado pela vacinação das crianças, o que leva os outros pais a sentirem-se compelidos a fazer aos seus próprios filhos.

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