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Angola afirma-se como potência africana


Dois "grandes". Eduardo dos Santos de Angola e Jacob Zuma da África do Sul. Angola vai centrar a sua força na África Ocidental.
Dois "grandes". Eduardo dos Santos de Angola e Jacob Zuma da África do Sul. Angola vai centrar a sua força na África Ocidental.

Problemas internos da Nigéria fazem aumentar importância de Angola na África ocidental. Influência angolana aumenta devido à capacidade do país projectar poder militar e económico,

Angola joga e vai continuar a jogar “um dos papéis mais importantes” na política de África e a sua influência deverá continuar a aumentar, particularmente na África Ocidental, afirma um analista internacional.

Num momento em que a Guiné-Bissau debate o mérito da missão militar angolana no seu país, analistas sublinham que Angola, está, também, a intensificar relações com Cabo Verde, cujo ministro da Defesa é esperado em Luanda (de 16 a 19 de Abril).

Durante a crise na Costa do Marfim, o apoio de Angola ao presidente Laurent Gbagbo (que não aceitou a derrota nas eleilções) não prevaleceu. Mas Luanda conseguiu persuadir vários chefes de estado da região a mudarem as suas posições face aquele conflito.

Angola surje como potência na África Ocidcental, em parte, segundo Vasco Martins, do IPRIS, Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, devido os crescentes problemas internos da Nigéria.

Na África Austral, Angola faz face à concorrência de potências económicas como a África do Sul e a Nambia, disse.

“O que Angola encontra na África Ocidental, e que não encontra noutras regiões de África, é uma potência regional que é a Nigéria fragmentada com vários problemas internos e provavelmente sem grandes recursos ou tempo para se envolver em jogos maiores” acrescentou.

“Penso, por isso, que Angola consegue penetrar muito mais fácilmente na Africa Ocidental do que propriamente outras regiões de África,” disse o analista.

Interrogado sobre crescentes pressões para um envolviento maior de Angola em missões de paz, Vasco Martins disse que o país está ainda “numa fase muito embrionária da sua participação em qualquer missão que envolva as forças armadas”.

Esse envolvimento, disse, seria no entanto favorável a Angola, porque “tem estruturas militares, tem organização militar e tem o material necessàrio para conseguir participar em qualquer uma dessas operações e consegue projectar o seu poder muito facilmente"..

Para além disso “qualquer participação de Angola daria ao país uma estabilidade internacional a nivel de reputação, criando laços de amizades com outros países”.

“Angola joga sem dúvida, hoje, um dos papeis mais importantes no continente africano,” acrescentou.

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