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Extemporânea a exigência da Renamo, de renegociação do AGP


Extemporânea a exigência da Renamo, de renegociação do AGP
Extemporânea a exigência da Renamo, de renegociação do AGP

Os termos rubricados em Roma terminaram com a realização das primeiras eleições gerais

O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, considera extemporânea a exigência da Renamo, no sentido de uma renegociação dos Acordos Gerais da Paz (AGP), assinado há 19 anos, alegadamente, porque a sua implementação não foi efectiva.

Segundo Chissano, que foi um dos signatários dos AGP os termos rubricados em Roma terminaram com a realização das primeiras eleições gerais, que tiveram lugar em 1994 e a partir daí, ficaram diluídos na constituição de 2004.

“Isso não passa pela cabeça porque os acordos foram já implementados e incorporados na constituição e foi com eles que nós integramos na constituição, portanto, eu não vejo o que se pode renegociar”, considerou Chissano.

O antigo Chefe de Estado considera que o conteúdo dos AGP foi integralmente implementado e mesmo ultrapassado e sugere que qualquer insatisfação da Renamo só pode encontrar acolhimento através da Constituição da República.

“Se há alguma insatisfação com a implementação dos Acordos Gerais de Paz significa que é a constituição que está errada e nesse caso, que se corrija a constituição, não vejo a coisa em termos de acordos, porque estes ficaram diluídos na constituição”, salientou Joaquim Chissano.

Refira-se que o delegado político da Renamo em Sofala, Manuel Lole, ameaçou, recentemente, com a realização de manifestações violentas, nos próximos dias, ao nível daquela província do centro do país, como protesto ao que designa de “recusa de diálogo” por parte da Frelimo, no âmbito das exigências da renegociação dos AGP.

Falando numa conferência de imprensa na cidade da Beira, Lole disse que as manifestações em perspectiva surgem “a pedido da população desta região do país, da qual recebemos várias petições para o arranque das manifestações populares para desalojar a Frelimo do poder”.

Para saber das razões que levaram a Renamo a solicitar uma revisão constitucional contactamos o porta-voz Fernando Mazanga que nos referiu serem duas as vertentes incluídas no pedido.

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