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Seca no Sahel conduz a crise alimentar


Seca no Sahel conduz a crise alimentar
Seca no Sahel conduz a crise alimentar

A crise alimentar no Sahel está a aprofundar-se, mas graças a advertências antecipadas, governos e agências internacionais estão já a reagir com fornecimentos de ajuda de emergência. A UNICEF solicitou mais de 67 milhões de dólares para fazer frente às necessidades de mais de um milhão de crianças que vão sofrer de mal nutrição aguda em 2012.

A crise alimentar no Sahel está a aprofundar-se, mas graças a advertências antecipadas, governos e agências internacionais estão já a reagir com fornecimentos de ajuda de emergência. A UNICEF solicitou mais de 67 milhões de dólares para fazer frente às necessidades de mais de um milhão de crianças que vão sofrer de mal nutrição aguda em 2012.

Morte, não fome, é a palavra certa, disse Martin Dawes, da UNICEF, quando interrogado sobre a insegurança alimentar no Sahel.

O Fundo das Nações Unidas para as Crianças pediu cerca de 70 milhões de dólares para a crise alimentar que ocorre nos territórios Sahélicos do Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger e nas regiões nortenhas dos Camarões, Nigéria e Senegal – alguns dos locais mais áridos do mundo.

Cheias devastadoras em 2010 que destruíram poços de água e terrenos agrícolas, seguidas por uma terrível colheita em 2011 e subida dos preços dos alimentos através da África Ocidental, fizeram com que centenas de aldeias ficassem com diminutas reservas alimentares.

Martin Dawes, da UNICEF, informou que mais de um milhão de crianças através do Sahel estão presentemente malnutridas:

“”É já uma crise porque se olharmos para os números através da cintura do Sahel há mais de um milhão de crianças até aos cinco anos de idade que estão a precisar de tratamento médico para severa e aguda malnutrição. E isto não leva em linha de conta os 1,6 milhões de crianças que irão sofrer de malnutrição moderada a aguda. Trata-se de um ano mau, tem havido uma quebra na produção alimentar e os preços têm aumentado.”

Nas regiões Sahélicas do norte do Senegal, campos áridos estão na sua maioria com fendas causadas pelo calor, salvo ocasionais culturas de resistentes cebolas e couves, os únicos vegetais que irão crescer.

Aldeões disseram à Voz da América que não existem quaisquer sobras – os restos das colheitas foram comidos, vendidos ou apodreceram.

Mas Dawes disse que a crise no Sahel foi assinalada cedo por visitas e embora a situação não esteja a atrair as atenções dos média, governos e agências humanitárias estão já a actuar.

Grandes quantidades de alimentos de emergência estão a ser compradas, tais como “Plumpy Nut”- uma pasta feita à base de amendoim que é o novo alimento milagroso para combater a fome.

A malnutrição tem efeitos a longo prazo incluindo consequências cognitivas irreversíveis no desenvolvimento e atenção.

A UNICEF diz que 35 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos de idade tem a malnutrição como a sua raiz de causa.

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