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UNITA diz que não teme dissidentes


Secretário-geral UNITA, Vitorino Nhany, durante a sua visita ao Namibe
Secretário-geral UNITA, Vitorino Nhany, durante a sua visita ao Namibe

Secretário-geral da UNITA, Vitorino Nhani, diz que valores e ideais unem dirigentes e militantes

Mais do que a morte do Dr. Jonas Savimbi, nada hoje pode atemorizar o partido do Galo Negro, que está preparado para gerir possíveis dissidências, em Março próximo afirmou no Namibe, o secretário-geral da UNITA, Vitorino Nhani.

Aquele dirigente foi instado a reagir a uma falada onda de dissidências, possivelmente a acompanhar Abel Chivukuvuku, sobre quem se especula que vai abandonar a UNITA e abraçar outro projecto político.

«Também são rumores que estamos a sentir, de que em Março poderá haver mais uma onda de dissidentes. Mas para a UNITA, isto é muito normal porque a parte mais lúgubre que o partido teve, foi exactamente a morte do Dr. Savimbi. Depois disto, não pode existir uma outra situação que possa estremecer a UNITA, não há», defendeu o secretário-geral do partido do galo negro.

O político foi mais longe, e citou o princípio dos conjurados do 13 de Março de 1966 que consagraram a independência, a liberdade para os homens e a pátria mãe. Nhani disse que a liberdade enfatizada pelos conjurados, de entre os quais, o mais velho Samuel Chiwale, ilustra claramente a forma como o homem se deve sentir livre no seio do partido, e também no seu país, permitindo a livre escolha ideológica.

Perguntamos ao secretário-geral da UNITA se o XI Congresso que era tido como sendo de unidade e reconciliação, não resolveu os problemas internos. Respondendo disse:

«O que une exactamente os militantes e membros da UNITA é a questão ligada aos ideais, a questão ligada aos valores. E nós reafirmámos isto durante o X e XI Congressos realizados. Por causa mesmo desta universidade dos valores, é possível que um ou outro não se reveja num destes valores, num destes ideais», frisou.

“Foi por causa disso achamos que, mesmo depois da realização do XI Congresso que a todos os títulos foi uma grande vitória, reiteramos que todo aquele que não se revê na linha política da UNITA, naturalmente que é livre de optar por uma outra linha política que lhe vai na alma. Nisto, a UNITA em nenhum momento se opôs e só desejo mesmo boa sorte se isto acontecer”, reagiu Nhany.

O secretário-geral UNITA negou avançar qualquer nome dos presumíveis quadros superiores que em arrasto poderão levar da capoeira de Isaías Samakuva muitos militantes, mas admitiu que em nada isto preocupa o seu partido.

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