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Candidatos da oposição no Senegal unem-se contra o presidente Wade


Oposição senegalesa serra fileiras contra o presidente Abdoulaye Wade cuja candidatura abre as vias para um terceiro mandato
Oposição senegalesa serra fileiras contra o presidente Abdoulaye Wade cuja candidatura abre as vias para um terceiro mandato

Início da campanha eleitoral no Domingo dá o mote a uma luta política que semanas antes já tinha feito alguns mortos e feridos

No Senegal a campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 26 de Fevereiro, teve início ontem.

Catorze candidatos foram confirmados para o voto, e oito deles deram o início a campanha numa coligação que tem por objectivo derrotar o ainda presidente e candidato Abdoulaye Wade.

São três semanas de campanha eleitoral até a votação do dia 26. Oito candidatos subiram ao palco na Praça de Obelisco em Dakar dando enfâse a um discurso de unidade.

O candidato Macky Sall disse que respeita a constituição e apela para a rejeição da candidatura do presidente Abdoulaye Wade.

Numa controvérsia decisão que acabou por causar protestos violentos na semana passada, o Conselho Constitucional tinha aprovado a candidatura do presidente Wade, apesar de já ter cumprido dois mandatos, permitidos pela constituição. Os 5 juízes, que por sinal foram nomeados pelo presidente Wade afirmaram que ele pode concorrer as eleições, porque só assinou o termo de limite de mandatos após o seu primeiro mandato.

O músico Youssou N’Dour esteve também no palco em apoio aos candidatos, isso embora a sua candidatura tenha sido rejeitada pelo conselho constitucional.

Youssou N’dour disse que a coligação é a esperança das populações pobres e esquecidas no Senegal.

Pelo menos até ao momento os candidatos da oposição estão unidos em torno da M23 um movimento surgido durante a manifestação em massa de 23 de Junho que forçou o presidente Wade a abandonar as reformas constitucionais que tinha previsto e que destinava facilitar a sua reeleição. Esta aliança é o primeiro sinal visível de solidariedade da oposição a caminho das eleições. Esses candidatos deverão abandonar o movimento 3 dias antes da votação com vista a dedicarem-se exclusivamente a mobilização em torno das suas próprias candidaturas.

Ao contrário dos protestos da oposição da semana antecedente em que 4 pessoas foram mortas, a campanha de ontem terminou sem incidentes. O presidente Wade por sua vez fez a abertura da sua campanha em Mbacke, uma das zonas rurais onde dispõe ainda de uma sólida base de apoio popular e onde também reside a sua esperança de vitória na primeira volta.

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