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UNITA diz que MPLA reconheceu intolerância política no Huambo


Alcides Sakala, porta-voz da UNITA
Alcides Sakala, porta-voz da UNITA

“Houve, de facto, uma evolução, depois do anterior posicionamento negativo do deputado Higino Carneiro durante a primeira fase”, disse Alcides Sakala

A UNITA afirma que o MPLA reconheceu, finalmente,casos de intolerância política na província do Huambo.

A UNITA diz ter havido, desta vez, uma evolução na avaliação que a Comissão de Inquérito Parlamentar fez à última fase de investigações sobre alegados casos de intolerância política na província do Huambo.

“Houve, de facto, uma evolução, depois do anterior posicionamento negativo do deputado Higino Carneiro durante a primeira fase”, declarou quinta-feira à VOA o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala.

Num primeiro balanço feito no final da primeira fase, que terminou em Maio último, Higino Carneiro, coordenador da comissão de inquérito, tinha minimizado as queixas apresentadas pela UNITA, garantindo não haver casos de intolerência em larga escala na região.

Desta vez, o deputado do MPLA terá mudado de opinião, alegadamente, depois da comissão ser confrontada com o testemunho vivo de um militante da UNITA que apresentava sinais de profundas queimaduras no rosto provocados por supostos militantes do MPLA.

O porta-voz da UNITA disse que o parlamento deu um passo importante na constatação destes factos “que espelham a persistência do clima de desarmonia entre angolanos”.

Sakala disse entretanto existirem “sérios problemas de convivência” entre os militantes do seu partido e os do MPLA em muitas outras localidades do país o, sugerindo que a CIP não devia confinar a sua tarefa apenas ao Huambo.

“Estes conflitos existem à nível nacional”, disse Sakala que apontou a província do Bié como outra região nevrálgica em termos de falta de convivência entre cidadãos que se identifiquem com partidos diferentes.

“O presidente Samakuva esteve nos últimos dias no Bié onde recebeu relatos horríveis de intolerância”, revelou. Ainda assim, Alcides Sakala sustentou que a experiência do Huambo devia servir de ponto de partida para a tomada de consciência sobre a necessidade da aplicação de uma verdadeira política de reconciliação nacional.

Sakala defendeu que “a Assembleia Nacional deve encarar a situação com responsabilidade e sentido de Estado reconhecendo que os problemas conjunturais existem e que o importante é resolvê-los e não criar outros problemas”.

Na opinião do porta-voz da UNITA, os problemas entre o MPLA e a UNITA já deviam estar ultrapassados se as autoridades deixassem de colocar entraves na livre colocação dos símbolos de outros partidos particularmente da UNITA.

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