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António Indjai diz que vai dedicar-se à agricultura, não mais à guerra


O acusado: António Indjai é responsabilizado pela CEDAO por constituir um obstáculo ás negociações
O acusado: António Indjai é responsabilizado pela CEDAO por constituir um obstáculo ás negociações

Líder do golpe militar de Abril de 2012 pede protecção do Governo

O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau António Indjai disse que vai dedicar-se apenas à agricultura e que não pegará mais em armas.

"Saí das Forças Armadas sem problemas, sem nada. Saí porque é assim a democracia", disse o autor do golpe militar de Abril de 2012 em entrevista à RTP.

Para além da lavoura (culturas de sésamo e arroz), Indjai diz que espera vir a receber uma pensão de reforma adequada à patente de "general de quatro estrelas" e fez um pedido ao Governo: "que guardem a minha vida para que eu possa trabalhar. Se pensarem que estou a fazer alguma outra coisa, que mandem uma delegação. Não tenho nada".

Exonerado pelo Presidente da República José Mário Vaz em Setembro, António Indjai disse que o povo deve ficar tranquilo, mas avisou: “Se alguém me expulsar da minha quinta, está a criar um problema: como é que eu vou comer? Tenho a certeza que ninguém vai dizer que eu não posso lavrar a terra”.

Indjai liderou o golpe de Estado de 2012 e impôs a sua vontade durante o período de transição que terminou com a eleição de Abril deste ano, dirigindo e controlando tudo a partir da sua quinta a quilómetros de Bissau.

O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau é procurado pelas autoridades americanos que o consideram o chefe de uma quadrilha que traficava drogas e armas, integrada também pelo antigo chefe da Marina Bubo Na Tchuto detido nos Estados Unidos e à espera da sentença de um tribunal de Nova Iorque.

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