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António Guterres pede apoio de Angola à candidatura a SG da ONU


António Guterres
António Guterres

Antigo primeiro-ministro português reuniu-se hoje com José Eduardo dos Santos.

O antigo primeiro-ministro português António Guterres pediu nesta quinta-feira, 17, o apoio do Governo de Angola à sua candidatura ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas durante um encontro mantido em Luanda com José Eduardo dos Santos.

"Para mim é muito importante ter Angola logo no princípio desta campanha. Sou um velho amigo de Angola, um grande admirador do povo angolano, vivi com grande angústia os momentos difíceis por que Angola passou no passado e, com grande satisfação, a evolução progressiva de Angola, afirmando-se no contexto internacional", disse António Guterres a jornalistas no final do encontro que classificou de "interessante e positivo".

O antigo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados considerou importante o papel de Angola como membro não-permanente do Conselho de Segurança, bem como a liderança de Luanda na região dos Grandes Lagos.

Na conversa com os jornalistas à saído do encontro com José Eduardo dos Santos, Guterres defendeu ainda que as Nações Unidas devem ser um "instrumento decisivo para apoiar os africanos, para a liderança africana - não apenas no caminho do desenvolvimento sustentável - mas também para a solução, para os problemas de paz e segurança que ainda existem em muitas áreas do continente africano".

Guterres tem uma apertada agenda em Luanda antes de seguir para Nova Iorque, onde continuará os contactos para garantir apoios à sua corrida a secretário-geral das Nações Unidas.

A eleição deve acontecer na segunda metade do ano, antes do término do mandato de Ban Ki-moon, em Dezembro.

Pela primeira vez nos 70 anos de história da organização, a Assembleia-Geral recebe candidaturas e pode entrevistar os pretendentes ao cargo de secretário-geral.

Essa fórmula contrasta com a tradicional, marcada por conversas a portas fechadas e nas quais os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança eram praticamente os únicos que se pronunciavam.

O Conselho de Segurança seguirá sendo o órgão responsável pela recomendação de um pretendente depois de a Assembleia-Geral dar luz verde à candidatura.

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