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Antigos combatentes da Frelimo pedem armas para combater a Renamo


Porta-voz da Renamo diz que posicionamento prova violência da Frelimo.

Membros da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACCLN) em Moçambique pediram ao Presidente de República e da Frelimo, Filipe Nyusi, armas para responderem aos ataques que têm sido perpetrados nos últimos dias por homens armados da Renamo.

O porta-voz da Renamo reagiu dizendo que este pedido prova o interesse do partido no poder em incitar à violência.

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"Nós estamos cansados de sermos mortos como se fóssemos galinhas, queremos armas, queremos ensinar o Dhlakama e a Renamo camarada Presidente, este é o nosso pedido, estamos prontos para derrubarmos seja quem for", disse Fernando Faustino, secretário-geral da ACCLN.

Em reacção, o porta-voz da Renamo afirmou que a pretensão dos antigos combatentes prova que a violência é protagonizada pelo partido no poder.

"Ficou claramente demonstrado que as pessoas que incitam a violência em Moçambique são as pessoas da Frelimo, o senhor Faustino não só é secretario-geral da Associação dos Combatentes como também é marido da ministra da Administração Estatal, se for ver como é que os nossos membros são assasinados ao nível de base vai encontrar que nesses jogos estão envolvidos os secretários de bairros, administradores e governadores porque recebem essas aulas para perseguir e matar os membros da Renamo da ministra da Administração Estatal, esposa do senhor Faustino", acusou António Muchanga.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou à calma e defendeu que os antigos combatentes continuem a preservar a paz.

"Não percamos esperanças, continuemos vigilantes, sempre pacíficos, continuemos a dar a lição de liderança, vamos mobilizar as populações para não aderirem à violência, vamos continuar a produzir", sublinhou Nyusi.

O antigo chefe de Estado Joaquim Chissano também destacou que nenhum moçambicano quer a Guerra.

Chissano disse que o facto de todos os moçambicanos estarem juntos "é um bom sinal para dizer a Renamo que ninguém quer a guerra em Moçambique, que nem aqueles que combateram outrora nas fileiras da Renamo querem nova guerra, vamos dizer não à guerra, não às matanças".

Nesta quinta-feira, 8, partidos sem base parlamentar também repudiaram o posicionamento da ACCLN.

"Nós partidos políticos e o povo queremos a paz, por isso exigimos a cessação imediata da guerra não declarada, eufenisticamente denominada de hostilidades militares, mas que de hostilidades militares nada têm, pois diariamente ceifam-se vidas de cidadãos indefesos, paz é o clamor deste povo sofrido", apelou o porta-voz daqueles partidos Manecas Daniel.

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