O secretário-geral da Central Geral e Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), David Miqueno, criticou as tradicionais celebrações do Dia dos Trabalhadores ao afirma que já não servem a nenhum propósito.
O sindicato não participou no habitual desfile comemorativo do 1o. de Maio preferindo em vez disso organizar reuniões para debater a situação económica dos trabalhadores.
Este ano foram apenas dois sindicatos a realizar actos públicos por ocasião da data.
Miqueno disse que o tradicional desfile “só serve para bater palmas" e não há razões para festas quando os trabalhadores angolanos vivem “uma situação de quase escravatura”.
O Sindicatos dos Professores também não foi ao desfile na Praça 1º de Maio.
Numa declaração tornada pública, a agremiação diz não haver condições para um “espírito propriamente comemorativo” e apelou os seus filiados a aprofundarem as reflexões em torno da situação actual “ao invés de discursos” .
O Sinprof, por seu lado, manifesta a intenção de congregar as visões críticas da classe e pressionar por uma revisão salarial em função da subida do custo de vida no país, ao mesmo tempo que admite que o recurso do Governo à ajuda do FMI “possa significar a imposição de regras e mais sacrifícios para os trabalhadores”.
Os três principais partidos divulgaram comunicados com a Unita e a Casa-CE a dizer que os trabalhadores sofrem mais do que nunca e o MPLA a pedir medidas do Governo para ultrapassar a difícil situação económica do país.