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Angola: Sindicatos dizem que situação dos trabalhadores é "paupérrima"


Greve dos trabalhadores da Tuboscope-Angola, em Luanda
Greve dos trabalhadores da Tuboscope-Angola, em Luanda

Governo diz que tudo estar a fazer, para dignificar cada vez mais o trabalhador angolano.

Sindicalistas angolanos consideram que os trabalhadores nunca viveram dias difíceis como agora e exigem uma mudança de postura do Executivo no país que, segundo aquelas organizações, regista trabalho escravo em pleno século 21.

O Governo diz que tudo estar a fazer, para dignificar cada vez mais o trabalhador angolano.

Situação dos trabalhadores angolanos é "paupérrima" - 2:58
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A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA), uma
das principais centrais sindicais, diz, segundo Almeida Pinto, que a situação actual "é paupérrima, em Angola o trabalhador não vive, sobrevive, a cesta básica é caríssima, a precariedade faz-se sentir a cada dia mais no trabalhador".

Entretanto, a ministra da Administração Pública Trabalho e Segurança, Social Teresa Dias, disse no domingo, 1, que o Executivo está e vai continuar a promover iniciativas de fortalecimento do emprego no país, baseadas no aumento de
postos de trabalho.

Numa nota sobre o Primeiro de Maio a governante refere que o Governo coloca sempre "a melhoria das condições
de trabalho como ponto fulcral das suas concretizações".

Almeida Pinto responde dizendo que essa afirmação não passa do papel, a prática é totalmente diferente.

"Aquilo que não se fez em cinco anos não se vai concretizar até Agosto, isto é uma utopia, engano, são discursos vazios sem sustentação na prática, nós lamentamos", reiterou o sindicalista da UNTA.

Outra central sindical, a CG SILA, através do seu presidente, Francisco Jacinto, aponta que em pleno 21 ainda exista
em Angola empresas a praticar trabalho escravo.

"Temos empresas em Angola sobretudo de asiáticos que praticam escravatura e os órgãos do Estado que deviam
fiscalizar não o fazem porque grande parte destas empresas têm como sócios alguns angolanos que foram governantes e hoje estão refugiados no Parlamento", afirma Jacinto, quem classifica a legislação trabalhista "assassina".

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