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Angola: Restrições "ameaçam" impacto de ações sociais nas regiões mais necessitadas


Lubango, capital da Huíla
Lubango, capital da Huíla

Com a anunciada extensão do estado de emergência em Angola, em vigor desde 27 de março, algumas organizações não-governamentais (ONG) na Huíla, alertam que alguns projetos em curso começam a encontrar dificuldades na sua execução.

Nos municípios de Cacula e Quipungo, 279 famílias com mais de 140 das quais do grupo minoritário San, beneficiam de um projeto de segurança alimentar implementado pela Organização Cristã de Apoio ao Desenvolvimento Comunitário (OCADEC).

Já na reta final do projeto, o diretor executivo da organização, Benedito Quessongo, diz que o atual momento trava a pré-avaliação da campanha agrícola 2019-2020.

“Nesta altura estaríamos a fazer um diagnóstico das famílias já que o nosso objetivo é assegurar a alimentação das famílias por via da atividade agrícola”, diz,

Para o diretor da ADRA, antena Huíla e Cunene, Simeone Chiculo, as medidas restritivas em vigor no quadro do estado de emergência são necessárias, mas alerta que se não forem acauteladas algumas exceções as populações do meio rural podem ser duplamente penalizadas.

“O meio rural precisa de uma grande atenção. Se antes a distância da cidade ao meio rural ou as preocupações resumiam-se pelas vias de acesso que não facilitavam hoje e com a pandemia da Covid-19 a barreira é muito grande”, adverte,

Por perceber está igualmente o impacto do atual momento que se prevê alargado num projeto da União Europeia que visa mitigar os efeitos da seca nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.

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