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Angola: País está “falido, doente e sem rumo”, diz Frente Ampla Patriótica para Alternância


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, um dos três movimentos da Ampla Frente Patriótica para Alternância
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, um dos três movimentos da Ampla Frente Patriótica para Alternância

UNITA, Bloco Democrático e Pra-Já Servir Angola garantem estar a formar uma alterativa para as eleições de 2022

O país está “falido, doente e sem rumo” e o Governo não tem alternativas, disseram os promotores da Ampla Frente Patriótica para Alternância numa declaração política divulgada nesta quinta-feira, 5, na qual defendem a necessidade de um programa de emergência nacional "para tirar o país da crise em que se encontra".

"A fome, a saúde, a educação, o desemprego, a habitação e a criminalidade tornaram-se problemas de segurança nacional e precisam de ser tratados como tal", afirmam os presidentes da UNITA, Adalberto Costa Júnior, e do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, bem como o líder do projecto político do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku.

No documento, eles apresentam um quadro que consideram de “degradação progessiva” do país com a juventude a sentir-se “traída e importente porque os governantes, ao invés de governarem para o povo, roubaram o país e roubaram também o futuro da juventude”, no Sul “aldeias inteiras assistem o êxodo das populações assoladas pela fome e pela falta de água que agravam a pobreza e semeiam a morte” e, nos centros urbanos, “o preço galopante dos alimentos faz as suas vítimas”.

Para aquele movimento que pretende concorrer de forma unida contra o MPLA nas eleições de 2022, “a incapacidade do Governo de resolver os problemas sociais tornou-se estrutura e congénita” e, para agravar a situação, “o Partido Estado capturou o Estado, subverteu a democracia e delapidou os recursos do país para beneficiar meia dúzia de oligarcas”.

Os promotores da Ampla Frente Patriótica para Alternância consideram ter “chegado o momento de quem tem poder de fazer declarar o estado de calamidade pública no Sul de Angola, afectado por uma seca severa, e de usar os mecanismos apropriados para que as agências internacionais vocacionadas intervenham no terreno, poupando a vida de milhares de angolanos, "que fogem para a Namíbia ou morrem desnutridos e exaustos pelas matas e ao longo do trajeto para o país vizinho".

Costa Júnior, Vieira Lopes e Chivukuvuku asseguram no documento de oito páginas, que “estamos a estruturar esta nova liderança para darmos ao país um novo começo, um novo rumo", em referência às eleições do próximo ano.

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