Links de Acesso

Angola: Organizações de classe criticam propostas de alteração ao estatuto dos jornalistas e da ERCA


Jornalistas angolanos fazem marcha pela liberdade de imprensa. Luanda, Angola, 17 de Dezembro, 2022
Jornalistas angolanos fazem marcha pela liberdade de imprensa. Luanda, Angola, 17 de Dezembro, 2022

Aquelas organizações dizem que a proposta de alteração do Estatuto dos Jornalistas apresenta normas que ofendem a imparcialidade, a isenção e a liberdade deontológica, ao admitir a hipótese de um militante de partido político exercer o jornalismo.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e o MISA-Angola manifestam-se preocupados com as propostas de alteração à Lei do Estatuto dos Jornalistas e da Lei Orgânica da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana(ERCA), que o Parlamento começa a apreciar nesta quinta-feira, 15, em Luanda.

Aquelas organizações dizem a proposta de alteração do Estatuto dos Jornalistas apresenta normas que ofendem a imparcialidade, a isenção e a liberdade deontológica dos jornalistas, ao admitir a hipótese de um militante de partido político, membro de um órgão deliberativo, como o Comité Central ou outro, exercer ao mesmo tempo jornalismo.

Jornalistas rejeitam nova proposta de lei sobre as suas actividades -1:10
please wait

No media source currently available

0:00 0:01:09 0:00

"A proposta submetida pelo Executivo angolano à Assembleia Nacional retira a incompatibilidade, abrindo portas à promiscuidade entre jornalismo e política partidária”, diz o presidente do SJA.

Teixeira Candido, que apresentou o comunicado das duas organizações, afirma que elas consideram a presente proposta uma intromissão abusiva na deontologia profissional dos jornalistas e “entendem haver uma clara intenção de se lançar confusão e descrebilizar a actividade jornalística no país”.

Também dizem que as propostas não respeitam a Lei de Bases das Entidades Administrativas Independentes, quanto à composição, designação dos membros, assim como as verdadeiras competências de regulação.

Com este entendimento, o SJA e o MISA-Angola apelam ao Parlamento para conformar a proposta do Executivo à lei de bases acima referida, bem como "manter a incompatibilidade entre o exercício do jornalismo e a função de membro de direcção de partido político”.

A Voz da América tentou o contacto com a entidade promotora das propostas na pessoa do seu Secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Carnaval mas sem sucesso.

Fórum

XS
SM
MD
LG