As organizações não governamentais angolanas voltaram a insurgir-se contraa suaexclusãoda verbaque o Estadoatribui, através do Orçamento geral do Estado (OGE), a instituições cívicas .
Trata-se de um antigo desejo quevoltoua ser negado pelo governo, no OGE para o próximo ano económico, segundo afirmou o líder daassociação Mãos Livres, Salvador Freire.
O líder cívico insiste que, a sua organização devia, por lei,ter direito a uma dotação orçamentaldo Estado e “ gozar do estatuto deinstituição de utilidade pública”.
Freire disse que , tal como o anterior, o governo de João Lourenço continua a privilegiaras suas própriasorganizações sociais.
A tese do advogado Salvador Freire é apoiada pelo responsável daSOS-Habit, André Augusto que defendeu que, “ ao nível do mundo as organizaçõesde defesa dos direitos humanosvivem dos orçamentos dos estados” pelo trabalho que realizam a favor das comunidades carenciadas.
“Infelizmente em Angola não se tem a atenção àquelasassociaçõesque são de defesa dos direitos humanos, de facto”, declarou.
O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 20121, foi aprovado nesta segunda-feira, com votos a favor da MPLA e da FNLA.
Os deputado da UNITAvotaram contrae os do PRS seabstiveram por considerarem que o actual OGE não vai de encontro às necessidades actuaisdas populações.
O OGE para 2021, que prevê despesas e receitas de 14.7 biliões de kwanzas, tem como referência o preço do barril do petróleo de 39 dólares americanos.
Entretanto, aAssembleia Nacional recomendou, a manutenção dos subsídios à energia e aos combustíveis, para evitar o aumento dos preços e custos das actividades marítima, portuária, pesqueira, agrícola e conexas e incentivar o empresariado nacional.