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Angola nega que vai abandonar a OPEP+


Reunião adiada por quatro dias após divergências com Angola e Nigéria sobre corte nas quotas de produção

A Organização dos Países Produtores de Petróleo+ (OPEP+) adiou por quatro dias uma reunião em Viena em que o possível corte de quotas de Angola e de outros países africanos provocou divisões dentro da organização e a anunciada ausência do encontro do ministro angolano do petróleo, Diamantino Pedro Azevedo.

A reunião estava prevista para se iniciar neste domingo, 26, mas foi adiada para quinta-feira, 23, no meio de noticias que o Governo de Angola poderia estar a pensar em abandonar a organização.

O governador de Angola para a OPEP+, Estevão Pedro, negou que Angola estivesse prestes a abandonar a organização.

“Não há qualquer pensamento nesse sentido”, disse Pedro citado por diversas agências noticiosas.

A próxima reunião tem programada a redução da quota de produção de Angola e de outros países africanos que não conseguiram atingir alvos de produção anteriormente acordados.

Na reunião de Junho, a quota de Angola já tinha sido reduzida, algo que terá provocado já nessa altura divisões que, segundo notícias, levaram Diamantino Azevedo a sair da reunião “furioso” com a decisão.

A decisão de adiar o começo da reunião reflete não só o descontentamento de Angola e outros países africanos como a Nigéria, mas também diferenças entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que querem um aumento da sua produção, algo que já terá sido acordado.

Helima Croft, analista da RBC Capital Markets, disse que tendo em conta o aumento concedido aos Emirados, a OPEP+ resolveu a manutenção do teto total de produção “reduzindo as quotas de produção das nações africanas que não estavam a cumprir os números de produção requeridos” acrescentando que a disputa com Angola poderá ser “difícil de resolver”.

Por seu lado, Estevão Pedro afirmou que os angolanos “aguardam pela reunião” e acrescentou que os países africanos estão “a lutar para aumentar a nossa produção”.

Sabe-se que nos bastidores prosseguiem conversações envolvendo a Nigéria e Angola e dirigentes da organização sobre o aumento das quotas de produção.

Angola, que não cumpre atualmente as suas quotas de produção com outros países africanos, afirma que os “cortes (das quotas) poderão reduzir investimentos vitais nos seus setores de petróleo e gás numa altura em que lutam para aumentar a produção”.

Uma fonte não identificada disse ao portal que o ministro angolano não ficou “muito satisfeito no último encontro”, mas reiterou que “Angola continua a apoiar firmemente a OPEP”.

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