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Angola não é atraente ao investimento externo directo


Controlo da economia pelo Estado, corrupção e excessiva concentração da economia no petróleo estão na origem da baixa taxa IDE, diz consultora

O controlo da economia pelo Estado, a corrupção e a concentração na exploração petrolífera estão na origem do baixo nível de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Angola, diz o coordenador da consultora EY, que publicou esta semana o relatório Atratividade Africana.

Graham Thompson lembra que Angola está na cauda dos países que menos recebem investimentos externos e que é o sétimo país a partir do fim na lista Doing Business, num universo de 189 partidos.

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Angola recebeu apenas dois projectos de investimento directo estrangeiro em 2017 e três em 2016, o que, para a consultora EY, explica uma "enorme dificuldade" de fazer negócios no país.

“Uma das causas é o controlo da economia por parte do Estado que não facilitou a entrada de investimento externo e muitas das grandes multinacionais sequer pensam investir em Angola devido aos elevados riscos”, explica Thompson, lembrando que as autoridades não têm tomado medidas para mudar esta situação.

Aquele especialista aponta também “a fraca classe média que, sem poder de compra, não atrai investimentos”.

Entre as principais tarefas a serem desenvolvidas pelo Governo angolano Graham Thomsom enumera a desburocratização, a abertura do mercado de capitais e a facilitação de pagamento de impostos e o repatriamento de dividendos.

Aquele consultor reconhece o esforço do Presidente João Lourenço no combate à corrupção, mas diz ser necessário muito mais.

“Necessitam mais resultados para combater a corrupção e tanto a mudança de liderança como reformas vão lado a lado”, concluiu Graham Thompsom.

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