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Angola: MP acusa polícias e agentes do serviço secreto de assaltaram casa do major Pedro Lussati


Tribunal distrital de Luanda, Dona Ana Joaquina. Angola, 11 de Fevereiro 2022
Tribunal distrital de Luanda, Dona Ana Joaquina. Angola, 11 de Fevereiro 2022

Pedro Lussati foi condenado em Novembro de 2022, pelo Tribunal de Comarca de Luanda, pelos crimes de abuso de peculato, fraude no transporte de moeda e branqueamento de capitais.

Seis elementos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e um tenente-coronel do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) foram acusados pelo Ministério Público (MP) de terem assaltado a casa do major Pedro Lussati e levado avultada soma em dólares em 2021.

O major, que cumpre uma pena de 12 anos de prisão, já tinha feito essas denúncias numa carta enviada à Assembleia Nacional, que agora foram confirmadas pelo MP.

O advogado de Lussati que trabalhava na Presidência da República, Francisco Muteca, disse à Voz da América que a instrução contraditória do processo acontece na quarta-feira, 20, na sexta secção do Tribunal de Comarca de Luanda, Dona Ana Joaquina.

"Em termos práticos não vou me pronunciar sobre isto (se isso satisfaz o pedido do Lussaty enviado à Assembleia Nacional) vamos esperar que a instrução contraditória decorra”, disse Muteca, contatado pela Voz da América.

Entretanto, no processo, o oficial superior do SINSE ouvido, segundo a acusação, confirmou ao MP ter recebido 250 mil dólares pela sua participação na ação.

A acusação afirmou ainda que com o dinheiro que levaram do apartamento do major milionário, os arguidos adquiriram residências e viaturas, muitas delas entretanto aprendidas.

Sem responder o grau de envolvimento do chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), general Fernando Garcia Miala, no caso, Francisco Muteka diz esperar que se responsabilizem os verdadeiros culpados.

“Que se apure a verdade dos factos e se responsabilize os verdadeiros agentes e à posterior poderemos nos pronunciar a respeito”, concluiu.

Pedro Lussati foi condenado em Novembro de 2022, pelo Tribunal de Comarca de Luanda, pelos crimes de abuso de peculato, fraude no transporte de moeda e branqueamento de capitais.

A Voz da América tentou o contato com o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), General Fernando Garcia Miala, mas sem sucesso, enquanto o diretor Geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC), comissário-chefe, António Paulo Bendje, remeteu-nos ao Tribunal Supremo por supostamente o caso não estar sob a sua alçada.

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