Angola ainda não regista casos do novo coronavírus, mas já é visível a preocupação das populações e das autoridades governamentais, que ensaiam várias medidas para evitar que a doença se propague em território nacional.
A partir desta semana estão impedidos de entrar em território angolano, todas as pessoas provenientes de países afectados com a epidemia, como são os casos da República Popular da China, Coreia do Sul, Irão e Itália.
A decisão foi tomada pela Ministério da Saúde, através de um decreto, que é justificado pela necessidade da prevenção da expansão do coronavírus no país.
Enquanto durar a epidemia do Covid-19, além da proibição da entrada de pessoas dos países citados, o decreto do Ministério da Saúde determina que todas as companhias transportadoras devem comunicar previamente os viajantes dos referidos países e adverte que as que violarem esta medida serão responsabilizadas pelo repatriamento imediato dos referidos viajantes assumindo todos os encargos.
Angola mantém fortes laços comerciais com a maioria dos países afectados com epidemia do coronavírus. Um situação que faz crescer a onda de preocupações, sobretudo pelo facto do país depender, essencialmente, da importação de bens e serviços para fazer funcionar a economia.
Algumas empresas petrolíferas, que dependem principalmente de técnicos expatriados já fazem previsões dos prejuízos que vão acumular e advertem as autoridades sobre os perigos da escassez de produtos importados no mercado angolano.
A Organização Mundial da Saúde alertou, recentemente, que Angola é um dos países sinalizados com maior risco de contágio do coronavírus em África e faz parte de um grupo de países de prioridade máxima, dado os voos directos com a China ou com visitantes deste país.
A infectologista Maria Mateta tem algumas dúvidas sobre a eficácia da medida do Ministério da Saúde. A especialista afirma, ainda assim, que Angola tem legitimidade para se defender.
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