O ministro angolano da Administração Publica Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato, disse que a nova tabela salarial, que entrou em vigor neste mês, vai permitir recuperar o poder de compra dos funcionários, mas os especialistas afirma que essa realidade será provavelmente de curta duração.
Os especialistas apontam para insuficiências na economia que vão continuar a afectar o poder de compra.
O empresário e presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) José Severino diz que perante a pressão da alta dos preços, o Governo não tinha outra saída se não mexer no salário da Função Pública, mas adverte para a tomada de outras medidas complementares.
"Sempre que se aumentam salários é preciso acompanhá-los com outras medidas”, disse, afirmando que se não houver aumento de oferta de bens nacionais poderá acontecer que não se atinja os objectivos pretendidos".
A economista Albertina Navemba Ngolo fez notar que Angola depende muitos das importações e que a desvalorização do kwanza vai continuar a afectar os preços das importações.
"É preciso olhar para a dinamização da economia, é preciso olhar para a agricultura, para as pescas … é preciso fazer o divórcio com o petróleo e olhar para a economia no seu todo, diversificarmos a economia", defendeu.
Ngolo defende mexida um aumento do actual salário mínimo da função pública de 22 mil kwanzas para no mínimo 50 mil kwanzas.
.