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"Angola falhou objectivo da diversificação económica", diz Carlos Feijó


Antigo chefe da Casa Civil do Presidente José Eduardo dos Santos diz que o petróleo devia tirar Angola da dependência do petróleo.

O antigo ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência angolana Carlos Feijó considerou ontem, 2, em Lisboa que Angola falhou o objectivo da diversificação económica proposto no final da década passada.

"Esta fase de diversificação da economia, que deveria permitir que chegássemos a 2017 e entrássemos na fase de sustentabilidade da economia, temos de dizer que não fomos assim tão bem sucedidos", reconheceu o antigo chefe da Casa Civil do Presidente José Eduardo dos Santos durante um debate sobre o papel do petróleo na economia mundial e em Angola.

Carlos Feijó considerou que a diversificação da economia angolana é fundamental porque o país não pode ficar dependente do petróleo.

"No médio prazo os campos podem cair em declínio, principalmente os dois maiores, Dália e Girassol, antes de 2020, o que pode criar dificuldades no tal programa de sustentabilidade", explicou aquele especialista durante o debate organizado pela RDP-África no âmbito do seminário "A Economia Global - Impacto da Crise do Petróleo e as Relações de Poder Internacional".

"O petróleo deveria constituir a principal arma para que Angola deixasse de depender do petróleo, ao mesmo tempo que podia ser a trave-mestra para o desenvolvimento e diversificação da economia, da agricultura e dos serviços", acrescentou o antigo chefe da Casa Civil da Presidência de Angola.

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