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Angola Fala Só - Simão Cacumba: "Todos os dias são dias de luta contra a SIDA"


Simão Cacumba, activista na luta contra o VIH/SIDA, Angola
Simão Cacumba, activista na luta contra o VIH/SIDA, Angola

Simão Cacumba lançou um apelo aos empresários angolanos para se envolverem na luta contra a doença como acontece noutros países.

Angola Fala So - Simao Cacumba
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A luta contra a SIDA está a ser afectada pela crise financeira que fez reduzir os fundos disponíveis para campanhas de prevenção, disse Simão Cacumba da Organização Não Governamental, SCARJOV.

Falando no programa “Angola Fala Só”, Cacumba disse que “no passado” houve alguns apoios embora “de forma muito reduzida”.

“A crise financeira que assolou o mundo e o país em geral afectou de certa maneira as nossas acções, não só a SCARJOV como outras organizações parceiras que estão na luta contra o HIV/SIDA”, disse Cacumba, acrescentando: "Actualmente apoios em termos financeiros nós não conhecemos”.

Simão Cacumba lançou um apelo aos empresários angolanos para se envolverem na luta contra a doença como acontece noutros países.

“Nós não precisamos de muito, precisamos do básico para levar a mensagem, pelo que são despesas muito mínimas”, justificou.

O activista sublinhou que a ênfase na luta contra a SIDA não deve estar só no dia mundial de luta contra a doença, recentemente assinalado em Angola e no mundo inteiro, ou em se decidir num dia nacional para assinalar essa luta em Angola, como sugeriu um ouvinte.

“Todos os dias são dias de luta, são dias de combate contra o HIV SIDA. Para nós, o activista que luta contra a doença fá-lo de Janeiro a Janeiro”, acrescentou.

O activista disse que a maior concentração de casos de SIDA em Angola ocorre nas zonas urbanas, sendo o maior número de casos registado na província do Bié.

Dois ouvintes pediram um maior controlo da entrada de estrangeiros no país através de testes ao HIV algo que foi rejeitado pelo activista.

Este reconheceu que Angola está rodeada de países com altos níveis de sero prevalência mas disse que organizações de luta contra a SIDA se opõem a testes obrigatórios a qualquer pessoa.

“O importante não é fazer o teste aos imigrantes que entram no nosso país porque nós também entramos nos países deles, o que deve ser feito é reforçar os serviços de sensibilização sobre a SIDA”, realçou.

Outra questão levantada por vários ouvintes foi a falta de medicamentos nos hospitais e o facto de muitos medicamentos serem desviados para o sector privado informal.

Simão Cacumba disse, no entanto, que esse era um problema que não se estendia aos anti retrovirais usados para controlar a doença.

Um ouvinte manifestou a sua oposição ao programa de distribuição de preservativos por, segundo disse, incentivar a promiscuidade e portanto contribuir par ao aumento da doença.

O activista da SCARJOV reconheceu ser “uma questão polémica”, mas disse que o programa de distribuição dos preservativos não visa aumentar a promiscuidade “mas sim para prevenir a transmissão do HIV SIDA”.

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