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Angola Fala Só - Libertador: "Os nossos dirigentes comportam-se como bandidos"


Libertador Alexandre Dias dos Santos, Secretário Executivo Provincial CASA-CE em Luanda, Angola
Libertador Alexandre Dias dos Santos, Secretário Executivo Provincial CASA-CE em Luanda, Angola

Para Alexandre Dias dos Santos “ O Libertador” o único meio de forçar a realização das autarquias é através de uma “mega manifestação”

Temos dirigentes em Angola que se “comportam como bandidos”, disse no “Angola Fala Só”, o Secretário Executivo da CASA CE em Luanda, Alexandre Dias dos Santos “O libertador”.

14 Nov 2014 AFS - Alexandre dos Santos: "Os nossos dirigentes comportam-se como bandidos"
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Dias dos Santos disse que membros da administração de Luanda tinham num passado recente tentado subornar membros do “movimento revolucionário” de jovens que regularmente organizam manifestações em Luanda.

Vários membros desse movimento tinham recebido ofertas de 270 mil dólares e carrinhas para porem termo às manifestações, disse este dirigente de Luanda da CASA CE.

“Temos que tirar estes bandidos do poder”, continuou Dias dos Santos que frisou a necessidade de se usarem meios pacíficos e constitucionais para esse fim.

"Não acredito no regime"

Dias dos Santos foi várias vezes questionado pelos ouvintes sobre o recente discurso do Presidente José Eduardo dos Santos em que este afirmou que não há condições para a realização de eleições autárquicas antes de 2017 e que é preciso vêr se se pode ter essas condições nessa data.

“Não acredito no regime”, disse Dias Santos para quem se nota “claramente que (o regime) tem medo das eleições autárquicas”.

“Por isso vêm com desculpas”, referiu este dirigente da CASA-CE em Luanda que acrescentou haver estudos que indicam que o MPLA iria perder eleições autárquicas em zonas como o Lobito, Lundas e Luanda.

Mega manifestação é a solução

“Por isso há medo e por isso não acredito que vamos ter eleições em 2017”, rematou.

“Têm medo das autarquias porque nessas eleições vão começar a perder o poder através dos bairros e comunas”, afrimando que o governo angolano fala agora em realizar eleições autárquicas em fases para poderem realizar eleições “em locais que podem ganhar”.

Para Alexandre Dias dos Santos “O Libertador” o único meio de forçar a realização das autarquias é através de uma “mega manifestação” de todas as forças da oposição, manifestação essa que deve permanecer nas ruas durante vários dias.

"O Libertador” considerou haver em Angola “uma democracia controlada”, em que elementos da oposição raramente têm a oportunidade de aparecer nos meios de informação controlados pelo estado e em que o direito à manifestação é reprimido.

“Eu para poder falar tenho que estar aqui a falar na Voz da América porque não tenho acesso a meios de informação locais”, afirmando ainda que em Angola “a democracia está à mercê da vontade de um só homem”.

Não há independência em Angola

"Apenas um homem manda em tudo. Independência de Angola é só para algumas pessoas. Não temos uma verdadeira independência”, afirmou.

Interrogado sobre o recente Orçamento Geral do Estado, aprovado esta semana na generalidade pelo parlamento, Alexandre Dias dos Santos disse que de um mod geral os orçamentos em Angola “não se reflectem na vida dos cidadãos”.

Secretário Executivo da CASA CE em Luanda disse que estão a decorrer contactos com as autoridades policiais com vista a garantir a segurança de uma marcha programada pelo seu partido para assinalar o primeiro aniversário da morte do seu militante Hilbert Ganga em 22 de Novembro do ano passado.

Ganga foi morto a tirou por um elemento da Guarda Presidencial quando colocava cartazes numa zona perto da presidência.

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