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Angola Fala Só - Sebastião Kiakumbo: "Estudantes no exterior poderão receber subsídos dentro de três semanas"


Sebastião Kiakumbo, presidente da ONAIEPE
Sebastião Kiakumbo, presidente da ONAIEPE

A transferência de divisas para os estudantes por conta própria é outro problema que continua

8 de Junho AFS - Sebastião Kiakumbo: "Subsídios podem ser pagos dentro de três semanas"
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Subsídios aos estudantes angolanos no estrangeiro poderão ser pagos dentro de duas ou três semanas, revelou Sebastião Kiakumbo, presidente da Organização Nacional de Apoio e Inserção de Estudantes Angolanos Provenientes do Exterior (ONAIEPE).

Kiakumbo falava no programa “Angola Fala Só” em que o tema principal foi o problema dos estudantes angolanos no estrangeiro que não recebem as suas bolsas ou, no caso dos estudantes por conta própria, as famílias não têm acesso às divisas em Angola para transferir o dinheiro para o exterior.

O presidente da ONAIEPE disse que a organização reuniu-se com o Ministério do Ensino Superior e que como resultado desse encontro “entre duas ou três semanas os subsídios vão ser pagos”.

“Não posso no entanto dizer que quantias serão pagas”, acrescentou.

Alguns estudantes não recebem subsídios há cinco meses, algo que Sebastião Kiakomba descreveu como sendo “uma situação lamentável”.

João Matos, antigo estudante no Brasil que agora vive na Holanda, considerou que a situação que se arrasta há muitos anos “é uma humilhação muito grande”.

Os estudantes angolanos, disse, “estão constantemente a mendigar”.

Matos afirmou que devido a essa situação os angolanos que com ele estudavam “sentiam-se inferiores” e "ganhamos a fama de mendigos”.

Interrogado sobre que decisão tomaria se como estudante fosse oferecido um emprego na Europa e outro em Angola, Sebastião Kiakumbo afirmou que no caso de bolseiros é sua responsabilidade regressarem a Angola.

Kiakumbo disse que em pior situação que os estudantes bolseiros estão aqueles que no estrangeiro dependem das suas famílias para lhes enviar dinheiro.

“Tarde ou cedo o estado acaba por pagar”, adiantou, lembrando que mesmo que venha a haver uma solução para os bolseiros os estudantes por conta própria poderão continuar em dificuldades financeiras.

O presidente da ONAIEPE propôs que o Governo negocie com os países que aceitam bolseiros angolanos a dar-lhes assistência médica para se evitar situações em que estudantes com necessidades médicas não podem receber assistência por não terem fundos.

Um internauta escreveu nas redes sociais que esta situação é perigosa e poderá levar a que estudantes “regressem a Angola em caixões”.

No programa, o presidente da ONAIEPE revelou ainda ter-se reunido com três bancos para tentar resolver a questão do envio do dinheiro para os estudantes no estrangeiro, mas que um plano para esse feito tem que ter o apoio do Banco Nacional de Angola.

O BNA, contudo, não respondeu a um pedido para uma reunião com a organização para discutir o plano.

Interrogado sobre a possibilidade dos bancos darem crédito aos estudantes Sebastião Kiakumbo disse que depende do Governo.

“Para dar créditos, os bancos precisam de garantias e é o Governo que tem que dar essa garantia”, disse o presidente da ONAIEPE que defendeu a ideia de um cartão de crédito para estudantes.

Tem perguntas para o convidado? Escreva para Sebastião Kiakumbo na página dele no Facebook.

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