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Angola Fala Só - João Lourenço "é semba com remix que virou kuduro"


Angola Fala Só
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Na generalidade ouvintes saúdam João Lourenço pela "abertura" introduzida no governo mas aguardam por mudanças nas suas condições de vida.

14 Set 2018 AFS - João Lourenço "é semba com remix que virou kuduro"
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Um bom começo, mas João Lourenço precisa agora de fazer mais pelo povo. Esta é a opinião generalizada dos ouvintes do “Angola Fala Só” que esta Sexta-feira falaram em grande número sobre o primeiro ano de governação do presidente angolano.

A esmagadora maioria dos ouvintes frisaram a necessidade de se começar a melhorar rapidamente problemas básicos como acesso à água potável, electricidade, hospitais e escolas.

O ouvinte Beto Cinco que falou da Huíla disse que as exonerações que o presidente tem efectuado aos mais diversos níveis são apenas “um combate interno do partido dele e não afectam o cidadão”.

Este ouvinte disse que uma das maiores dificuldades para as mudanças é a partidarização do estado. Para Beto Cinco as autarquias são uma solução para se resolver esta quêstão e os problemas mais prementes.

Já o ouvinte Horácio Paiva que falou a partir de Luanda fez notar que ao contrário de José Eduardo dos Santos João Lourenço tem viajado tanto ao estrangeiro como pelo país e sente-se que o presidente pode a qualquer momento começar a tomar medidas concretas para beneficiar os angolanos.

Contudo, disse, isso é dificultado pela falta de dinheiro e as suas iniciativas diplomáticas poderão eventualmente aliviar isso.

Paiva fez notar “a diferença de discurso” deste presidente com o anterior.

“Só pelo facto de ter mencionado a existência de dois presidentes anteriores do MPLA que foram ignorados mesmo dentro do próprio partido é um sinal de que o presidente angolano poderá dar aquilo a que o povo angolano anseia”, disse sublinhando o recente discurso em que João Lorenço “falou contra os bajuladores, os corruptos dentro do partido”.

Para este ouvinte “corrigir o que está mal” tem que começar dentro do seio do partido no poder e é isso que o presidente tem estado a fazer para poder depois avançar para as suas reformas.

Horácio Paiva sublinhou as contínuas dificuldades no campo de energia, água hospitais e escolas.

Nas redes sociais vários ouvintes tiveram idênticos pontos de vista sublinhando a abertura política de João Lourenço como “um bom começo”.

O ouvinte Paulo Domingos disse contudo considerar de insuficiente a campanha do presidente contra a corrupção porque até agora não foram recuperados quaisquer fundos.

Lembrou que João Lourenço tinha prometido na sua campanha eleitoral ser o presidente de todos os angolanos algo que considerou ser uma contradição com a sua cumulação do cargo de presidente do MPLA.

“Quando ele vier visitar o Cuanza Sul vou saudá-lo como presidente de Angola ou do MPLA?”, interrogou.

“Não somos todos do MPLA”, acrescentou.

Um ouvinte que falou do Soyo (Zaire) lamentou o facto da província “não beneficiar-se da riqueza do petróleo” que possui mas deu nota positiva ao novo presidente.

“O país estava bloqueado e agora já se sente uma abertura”, disse mencionando os sectores da comunicação social e da justiça como aqueles em que se sente a mudança.

Este ouvinte apelou para que quando o presidente se deslocar a uma província não visitar apenas as áreas a que é “conduzido”.

“Eu quero que quando ele visitar o Soyo vá pelo Soyo adentro”, disse.

Houve contudo algum ceticismo sobre o presidente. Um ouvinte que contactou pelas redes sociais disse que até agora o desempenho do presidente João Lourenço “tem sido mais exortações do que outra coisa”.

“É um semba que sofreu ´remix´e ficou kuduru”, escreveu Kwezy Mpelenda.

“Estamos a ser iludidos”, acrescentou, mas manifestou a esperança que “o Tribunal de Contas aperte o cerco” aos corruptos no seio do governo.

O ouvinte Lázaro Boaz Caqueles disse que por agora o presidente “está a trabalhar em arrumar a casa”, opinão compartilhada por Francisco Carlos que disse que o presidente “está a refazer o governo”.

“De momento ele está a corrigir, mas ainda não melhorou” disse Caquele em referência à promessa eleitoral do presidente de “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”.

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