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Angola Fala Só - Adolfo dos Santos: "Há grupos de marimbondos que não dormem"


Adolfo dos Santos, professor, jurista e locutor
Adolfo dos Santos, professor, jurista e locutor
26 de Abr AFS Adolfo dos Santos: "Há grupos de marimbondos que não dormem"
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Em Angola, há actualmente “um acordar dos órgãos de justiça”, disse o jurista e docente Adolfo Fernandes dos Santos no “Angola Fala Só”.

Num programa que abordou os mais diversos temas da vida em Angola, Adolfo dos Santos - que é também locutor da Rádio Eclésia – afirmou que muitas vezes as violações aos direitos dos angolanos por agentes da polícia se devem ao facto destes não conhecerem a Constituição e terem muito fraca educação formal.

“A maioria dos polícias desconhecem a nossa Constituição”, revelou Santos abordou que também abordou a governação de João Lourenço com muitos ouvintes e internautas a manifestarem o seu cepticismo ou impaciência quanto às anunciadas mudanças

“Há pontos a criticar mas há também pontos a salvaguardar”, disse afirmando também que o Presidente tem entre os obstáculos muitos dentro do seu próprio partido que se opõem a mudanças.

“Há grupos de marimbondos que não dormem”, afirmou o jornalista, fazendo eco ao comentário de um internauta que disse ser "João Lourenço um madimbondo também".

Outro tema abordado foi o decreto presidencial que nomeia uma comissão encarregue de propor uma homenagem à memoria de todos os cidadãos que tenham sido vitimas de actos de violência resultantes dos conflictos políticos ocorridos no período de guerra que assolou o país entre a data da independência,1975, e o fim da guerra civil em Abril de 2002.

O decreto torna claro que essa homenagem deve incluir aqueles que foram vitimas das depurações da tentativa de golpe de Estado de 27 de Maio de 1977 ou eventuais crimes cometidos por movimentos ou partidos políticos no quadro do conflicto armado.

Para Adolfo Fernandes dos Santos, esse decreto “´mais um passo” na direcção certa.

O convidado do “Angola Fala Só” manifestou a esperança que a comissão agora nomeada seja “inclusiva” de todos os interessados na questão.

Adolfo dos Santos abordou também a Educação em Angola afirmando que todo o sistema continua “muito aquém das expectativas”.

“Há muitas crianças fora do sistema escolar”, disse sublinhando o facto de que das muitas que estão na escola trabalham “em condições péssimas, debaixo das arvores e sentados em latas”.

Por outro lado, a “gasosa” continua a ser um mal que afecta as escolas.

O mau nível de Educação a nível básico e médio afecta também o ensino superior onde “também há falta de qualidade” e “muitas debilidades”.

Muitas as universidades privadas, acrescentou, “estão viradas para o mercantilismo” enquanto em muitas universidades estatais “não há ligação entra a teoria e prática” devido à falta de laboratórios.

Durante o programa foi analisado também o programa para a criação de empregos, com ouvintes e internautas a dizem ser a "hora de actuar e não prometer".

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