Entra em vigor na terça-feira, 3, a proibição de entrada em Angola de cidadãos provenientes de países com casos autótones do novo coronavírus, como medida preventiva contra “a expansão da epidemia no país”.
Especialistas consideram que, aexemplo de muitos países, as autoridades não têm outra escolha, mas advertem para as condições da quarentena a que são sujeitos algumas pessoas que chegaram ao país nas últimas semanas.
O Ministério da Saúde (MINSA) determinou, por decreto, que, enquanto durar a epidemia, fica vetada a entrada no país dos cidadãos da China, Coreia do Sul, Irão, Itália, Nigéria, Egito e Argélia.
O médico e especialista em saúde pública, Maurílio Luyele, defende uma atualização periódica dos países a incluir na medida devido ao surgimento de novos contágios um pouco pelo mundo.
“O Governo de Angola está aos poucos a tomar consciência da gravidade da situação”, reconheceu.
Para o académico João Lukombo, “tratou-se de uma medida acertada” apesar de inibir a entrada de empresários chineses no país.
Num despacho anterior, o MINSA tinha anunciado que cidadãos com passagem pelos países com casos de coronavírus ou que tenham estado em contato com doentes infetados serão obrigados, ao chegar Angola, a uma quarentena obrigatória de pelo menos 14 dias.
Lukombo adverte, entretanto, que “o país nem tem capacidade” para colocar as pessoas em quarentena “em condições humanamente aceitáveis”.
Angola não registou ainda qualquer caso da doença e tem monitorado os passageiros que chegaram da China nas últimas semanas.
