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Angola e Moçambique progridem no combate à lavagem de capitais mas Guiné-Bissau vacila


Alguns países africanos deram passos importantes no que toca a legislação para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, assim pensam especialistas ouvidos pela Voz da América, no Lubango.

As opiniões surgem na sequência da reunião do grupo de peritos de combate ao branqueamento de capitais na África Oriental e Austral, que decorre na capital da Huíla.

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José Puati, especialista em relações internacionais, valoriza a importância de Angola acolher o encontro e reconhece progressos do estado na prevenção e combate aos crimes como o de lavagem de dinheiro.

“O Banco Nacional de Angola tem implementado reformas estruturais e emitido instruções aos bancos comerciais, no sentido de se adequarem às normas internacionais e, além disto, o estado angolano tem, igualmente, sido avaliado por organizações internacionais, como o grupo de acção financeira internacional, assim como o grupo anti-branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo na África Oriental e Austral”, disse.

O especialista saúda o facto de muitos países em África estarem a trabalhar e a adotar medidas para travar tais crimes que colocam em causa a soberania dos estados e cita como exemplo Moçambique, mas alerta para fragilidades, como na Guiné-Bissau.

“Ainda existem desafios, como a Guiné-Bissau, que é considerada como sendo um estado com grande vulnerabilidade ao branqueamento de capitais. Esses desempenhos refletem uma tendência positiva em África, porém ainda há muito trabalho a ser feito para garantir sistemas financeiros robustos e seguros em todo o continente africano”, acrescentou.

O perito e porta-voz do encontro, Gilberto Capessa, disse que os estados africanos precisam de melhorar a coordenação e cooperação no que toca ao combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

A extensa fronteira que Angola divide com muitos países vizinhos é a prova da necessidade desta cooperação.

“ Nós, Angola, temos uma fronteira muito grande, temos a fronteira com os Congos, com a Namíbia e a Zâmbia e temos de a proteger da melhor forma. Temos muitos animais selvagens na nossa flora e esses animais precisam de ser protegidos”. O marfim dos nossos elefantes precisa de ser protegido, porque o abate ilícito desses animais e a venda do marfim podem constituir-se num elemento de branqueamento de capitais e até para financiar o terrorismo”, afirmou.

O Grupo de Peritos de Combate ao Branqueamento de Capitais na África Oriental e Austral, integra 21 estados e foi fundado em 1999.

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