O combate à propagação do coronavírus em Angola já enfraquecido por violação de regras de isolamento e corrupção em postos de controle, está agora a ser mais afectado pela falsificação de comprovativos de testes.
Há receios que esses documentos falsos e credenciais falsas de circulação estejam a controbuir para aumento de casos
O Serviço de Investigação Criminal (SIC)apresentou nesta Terça-feira (18), em Luanda, doishomensde 28e de 30 anos de idade sendo o primeiro descrito como o “facilitador” e o último consideradooprincipalmentorumarede de malfeitores.
Segundo o porta-vozdo SIC, superintendente Manuel Halaiwa,arede de falsificadorescobrava 25 mil kwanzas pelo comprovativo do teste epela credencialde circulação.
Um dos autores identificado por Mavinga confessou que vendiaos testes nos principais pontos de partida de viaturas para o interior do país.
O responsável da Friends Of Angola (FoA) dizhaver “dolo na actuação destas pessoas”. Em declaraçõesà VOA,Rafael Moraisafirmouque esta nova faceta de corrupção está ser estimulada pela falta de descentralização dos postos de testagem rápida paraviajantes.
O secretário-geral do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, Afonso Kileba diz que, com a entrada em cena destas redes, “os casos positivos vão-se alastrar pelo país com maisrapidez do que era de esperar”.
Kileba desencoraja esta prática e pede “punição exemplar” dosseus mentores.
O país registou nas últimas 48 horas mais 31 novos casos positivos, um dos quaisdetetado na cidade do Lubango, província da Huíla, importado de Luanda.
Oúltimo balançoapresentadospelo secretário para a Saúde Pública, Franco Mufinda, aponta para ocorrência de90 óbitos, 667 pessoas recuperadas e 1.209 casosactivos, entre os quaisquatrocríticos com ventilação mecânica invasiva, 19 graves, 35 moderados, 18 leves e 1.133 assintomáticos.